A desembargadora Katya Monnerat, do Grupo de Câmaras do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, determinou o afastamento do vice-prefeito de Casimiro de Abreu, Adair Abreu de Souza, o Kinha. A decisão afeta ainda o vereador Ademilson Amaral da Silva, o Bitó. Os dois foram denunciados pelo Ministério Público pelo suposto recebimento de propinas para darem sustentação ao ex-prefeito Antonio Marcos Lemos na Câmara. Ante de ser eleito vice-prefeito em 2016, Kinha exerceu seguidos mandatos de vereador naquele município.
A denúncia contra os dois afeta ainda os ex-vereadores João Medeiros, Lázaro Mangifeste, Luiz Robinson da Silva Júnior e Odino Miranda do Nascimento, além do próprio ex-prefeito e empresários que tinham contrato com o município.
A acusação do MP tomou por base declarações do ex-presidente da Câmara de Vereadores, Alessandro Macabu, o Pezão, em delação premiada. Pezão foi preso por ficar com parte dos salários pagos a nomeados na Casa e decidiu colaborar com o Ministério Público.
Segundo a denúncia do MP, o esquema do “mensalinho” teria começado a funcionar em 2013, envolvendo sete dos nove membros da Casa, os seis agora denunciados e o próprio então presidente.