Em relação à matéria “Queimados: OS com R$ 25,6 milhões em contratos na Saúde deixa a desejar, mas os vereadores da cidade sequer se manifestam”, veiculada na última segunda-feira (7), a direção da organização social Instituto Se Liga, fez contado ontem (9) com o elizeupires.com, para mostrar os números referentes à gestão compartilhada do Hospital Maternidade da cidade, e do Centro Especializado no Tratamento de Hipertensão e Diabetes (Cethid).
A entidade que emprega cerca de 400 pessoas – a maioria indicada pela administração municipal –, informa que vem cumprindo com os objetos contratados, e que as contas estão abertas aos órgãos de controle externos, e que segue à risca as orientações da Secretaria de Saúde, confrontando as reclamações veiculadas.
Pela documentação apresentada, a instituição tem superado as metas estabelecidas pela Secretaria de Saúde, tanto em relação às consultas, quanto à realização de exames, e recebendo menos. Os dados sugerem que as reclamações se dão mais por motivos políticos ou conflitos de interesse do que pelos serviços prestados.
Sem taxa administrativa – No caso da operacionalização do Cethid, por exemplo, para trabalhar sem aperto, revelam os números, a instituição deveria receber pelo menos R$ 900 mil por mês, mas o teto hoje está em R$ 780 mil. Em relação ao hospital, evidencia a documentação, o ideal seria um repasse mensal de R$ 1,6 milhão, mas o teto estipulado fica na casa de R$ 1,3 milhão.
O contrato de gestão do hospital que está em vigor tem o valor global de R$ 16.271.432,76, o equivalente a R$ 1.355.952,73 mensais, o que nunca vem cheio. Como é contratado como pessoa jurídica e não como organização social, o Instituto Se Liga não recebe taxa administrativa, e tem uma folha de pagamento no hospital que chega a R$ 904 mil ao mês. Em relação ao Centro Especializado no Tratamento de Hipertensão e Diabetes os números apresentados também estão longe de garantir uma administração sem apertos. O contrato em vigor é de R$ 9.422,66,14 por ano, R$ 785.188,45 ao mês.
Custo menor que o das UPAS – Para equilibrar as contas a instituição não terceirizou, por exemplo, os serviços de limpeza, que vem sendo feito pelos celetistas, mão de obra própria, explica o instituto.
Enquanto organizações contratadas em outros municípios e pelo governo estadual para administrar as Unidades de Pronto Atendimento 24h (UPAs), recebem até R$ 18 mil por um médico que trabalha, por exemplo, nos fins de semana, a gestora contratada pela Prefeitura de Queimados recebe R$ 12.320,00 por esse profissional, e paga a ele R$ 11.200,00.
Em comparação com os gastos mensais do poder público com uma UPA, o Hospital Maternidade está custando cerca de R$ 3 milhões menos.
(elizeupires.com)