“As mais altas árvores são oriundas de minúsculas sementes”. Essa frase do médium Chico Xavier tem muito a ver com o assunto sobre o qual vou convidá-los a refletir nesse momento. As grandes coisas, as causas mais nobres, as maiores vitórias partem sempre de um pequeno gesto, de uma ação mais simples. Alguém, por menor que se imagina, fez lá atrás a sua parte. Despretensiosamente plantou sua sementinha e a árvore se fez frondosa, concretizando um grande resultado a partir de um gesto tão simples. É sobre isso que gostaria que refletíssemos hoje.
Duas professoras trabalham numa mesma escola e em classes semelhantes. Os alunos têm quase que idades iguais e as mesmas dificuldades em aprender. As duas profissionais moram longe do local de trabalho, usam dois ônibus para chegarem à escola e, no final do mês, encontram em suas contas e contracheques os mesmos valores. A única diferença entre as duas está no resultado do trabalho aplicado: os alunos da professora A estão evoluindo melhor que os da professora B. “Onde você está querendo chegar, Elizeu?” Talvez você indague daí. A resposta nos remete ao primeiro parágrafo, nos leva a importância de cada um fazer a sua parte.
Não raramente converso com professoras da rede pública. Tenho milhares delas entre os meus leitores e a análise é essa mesmo. Muitas estão desanimadas. O salário é baixíssimo, não há benefícios e, em muitos casos, as condições de trabalho são precárias, mas, felizmente, a maioria não se deixa levar por isso e faz sua parte e a diferença: planta sementinhas todos os dias, apostando em árvores frondosas no futuro…
O que quero dizer? É simples. Não se deixem levar por aquela colega de trabalho que não está dando a mínima para os seus alunos, aquela para quem tanto faz se o menino aprendeu ou não. Falo disso porque a história é mesmo essa. Entre as muitas que se dedicam há sempre uma a dar de ombros, exprimindo naquele gesto silencioso um sonoro dane-se, “pois sou mal paga, o poder público não me valoriza, então vai ser dessa forma que vou trabalhar” ou então: “deixa o trabalho duro para as contratadas, pois somos efetivas, temos mais de 20 anos de magistério e continuamos ganhando essa merreca”.
Gente, eu acho que, invariavelmente, o salário é uma merreca mesmo, mas as coisas só melhoram se cada um fizer a sua parte, se todos os dias plantarmos a nossa sementinha sem nos preocuparmos com o que o “patrão” vá pensar ou com como ele vai agir. Que tal refletirmos sobre isso nesse domingo de Páscoa que só está começando?
Bom dia a todos. Volto amanhã, as oito em ponto, se o Grande Pai assim me permitir.