Elizeu Pires
Há anos busco entender essa complacência por parte do governo federal e e da bancada fluminense em Brasília para com a Concessionária Rio Teresópolis (CRT) e até hoje não consegui. Essa empresa mantém todos os seus postos de cobrança de pedágio dentro dos limites do município de Magé, prejudica bastante o desenvolvimento da cidade e afeta diretamente as finanças de boa parte dos moradores cobrando tarifas absurdas. É uma situação difícil de se resolver, mas não impossível, pois bastaria para isso o engajamento dos nossos deputados federais e senadores, pois se trata realmente de um problema federal.
Desde 1997 que acompanho o esforço da sociedade local para se livrar do jugo imposto pela CRT, que fecha entradas, saídas e ninguém evita isso, pois ela acaba ganhando na Justiça o direito de assim fazer. No âmbito municipal o que se pode fazer é protestar, já que cada ação interposta até agora foi respondida com aquela indefectível alegação judicial: o município não legisla sobre isso, pois é um assunto federal.
Tá bom, mas a Rodovia Presidente Dutra também é um assunto federal e essa semana os moradores de Seropédica ganharam, liminarmente, o direito de não pagar o pedágio na praça auxiliar que a Concessionária Nova Dutra instalou num dos acessos à cidade. A empresa vai ter de cadastrar os carros dos moradores de seis bairros adjacentes que não estejam emplacados no município. Os veículos emplacados na cidade terão acesso livre. Diante disso eu pergunto: Por que as ações movidas por Magé têm sempre uma interpretação diferente?