Com um aliado desse quem, precisa de adversário?

● Elizeu Pires

O deputado Luiz Antônio de Souza Teixeira Junior, mais conhecido nos meios políticos como Dr. Luizinho, vive dizendo por aí que é um aliado do prefeito Rogério Lisboa, pau para toda obra. Porém, diante de coisas que vem ocorrendo em relação ao setor de Saúde em Nova Iguaçu surge uma perguntinha simples e direta: “Com um aliado desse, quem precisa de adversário?”

O que me faz aqui expressar minha opinião sobre essa relação política é um fato que está ocorrendo no Hospital Geral da cidade, Hospital da Posse, dirigido atualmente por um profissional da mais alta competência, e realmente comprometido com a política de saúde defendida por Rogerio Lisboa, que é a de fazer sempre o melhor para os usuários da rede, deixando os interesses pessoais de lado. Mas aí vem o “aliado” atrapalhar, o homem que se acha dono e senhor da Secretaria Municipal de Saúde – e da Estadual também -, pastas para as quais indicou gente sua.

Creio que está na hora de o governador Claudio Castro bater na mesa para mostrar quem manda, chamando o secretário Alexandre Chieppe às falas e questionar o fato de a regulação de leitos do estado não estar funcionando em relação ao Hospital da Posse. Porém, ao que parece, Castro estaria mais preocupado em meter o bedelho na formação das nominatas nos partidos que o apoiam.

Nos ambientes políticos de Nova Iguaçu não é novidade que o deputado-doutor adoraria indicar também o diretor do Hospital da Posse, e assim exercer o mesmo poder que detém na Secretaria Municipal de Saúde, mas como o HGNI tem um diretor porreta, um cara que não tem medo do trabalho nem de cara feia e enfrenta as dificuldades de frente, felizmente, o adoraria tem ficado só nisso mesmo.

A questão agora é que o Hospital da Posse está cada vez mais sobrecarregado, pois a regulação de leitos, responsabilidade da Secretaria Estadual de Saúde cujo titular é um indicado do deputado-doutor, não vem fazendo sua parte. Assim, os pacientes que entram pelo setor de emergência não são transferidos para outras unidades, e isso já está sendo visto como arma usada para dificultar ainda mais as coisas para a direção do HGNI, um “incentivo” para que o muito benquisto Joé Sestello peça o boné, deixando o cargo vago para mais um indicado.

Na minha terra, minha gente, isso tem nome e sobre nome. É chamado de jogo sujo.

Envie seu comentário:

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *.