Dr. Henrique Paes
O ambiente democrático se estrutura e se torna mais legítimo com a alternância de poder. Por isso é importante entender que a prática das mesmas ações sempre vai gerar os mesmos resultados e, neste caso, o que é fundamental para dar um novo fôlego a uma nação são novos representantes e novas ideias. E a renovação é um dos mecanismos da democracia para se buscar uma representatividade cada vez maior dos seguimentos da sociedade, podendo assim dar voz a pensamentos que querem se fazer representados no Congresso. E isso é tão simples que é fácil entender os motivos da necessidade de eleições eleitorais periodicamente, seja para vereadores e prefeitos, para deputados estaduais e federais, para senadores, para governadores e para o presidente da República.
A cada eleição realizada o eleitor pode fazer uso dessa alternância, o que convém chamar de mudança. Em caso de representantes no Poder Executivo, tais como prefeito, governadores e o presidente da República, a lei impede mais que uma reeleição. Mas para vereadores, deputados estaduais, deputados federais e senadores, não há limite para reeleição. E é aí que o eleitor deve observar. Nestes casos a alternância do poder só se pratica com o voto e com a escolha de novos representantes no Congresso Nacional.
Simplificando, podemos dizer que o eleitor é quem avalia, com o seu voto, por exemplo, se os representantes do povo que foram escolhidos para o Congresso Nacional devem permanecer nos seus cargos com os mandatos renovados pelo voto popular. Ou se novos nomes devem ser escolhidos para colocarem as suas ideias na pauta de debates e das propostas, arejando o ambiente, dentro dessa construção de uma nação mais justa e mais humana.
Não é de hoje que acompanho política. Mas de uns tempos para cá venho amadurecendo o pensamento na possibilidade de concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados, isso justamente para apresentar propostas que às vezes sinto a falta de quem as defenda por lá. E talvez movido pela inquietação de querer o melhor para o povo, entendo que chegou a hora de colocar esse meu pensamento em ação e submeter o meu nome ao escrutínio do voto, mas para tal preciso obedecer os ritos e trâmites necessários e legais.
O que posso afirmar hoje, sem dúvida alguma, é que a minha existência na Terra está ligada à necessidade que sinto de poder deixar como legado a minha trajetória como homem que, desde pequeno, foi a luta e conhece bem a dificuldade de um povo que muitas vezes não se vê bem representado.
*Henrique Paes é médico e empresário