‘Caça’ poderá enfrentar ‘caçador’ na disputa pela Prefeitura do Rio

Jerominho diz que é pré-candidato. Marcelo Freixo também

Jerominho Guimarães está filiado ao PMDB

De acordo com o grupo Coalizão Eleitoral – grupo formado por autoridades estaduais e federais nas eleições de 2018 – 12% das áreas de votação no estado do Rio de Janeiro, um universo de 1,7 milhão de habitantes, foram comandadas por os milicianos e outras facções criminosas, confirmando um poder e tanto nas mãos de gente mal intencionada. Este ano, quando estarão sendo eleitos vereadores e prefeitos, a preocupação das autoridades dobra, principalmente na Baixada Fluminense e na Zona Oeste do Rio. Por ironia do destino, uma “caça” poderá enfrentar o “caçador” na disputa pela Prefeitura da capital Fluminense.

O ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho (PMB) – apontado como capo da milícia Liga da Justiça, que controla vários bairros da Zona Oeste –, ganhou a liberdade e já se anunciou como pré-candidato a prefeito, devendo enfrentar o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL). Jerominho ficou preso durante dez anos sob a acusação de homicídio. Ele foi um dos principais investigados na CPI das Milicias, encabeçada por Freixo quando deputado estadual. Para o parlamentar, “a milícia é o único grupo criminoso no Rio de Janeiro que transforma domínio territorial em domínio eleitoral”.

Segundo Freixo, “tem uma natureza da milícia, que é um grupo de domínio militar, mas também de amplo domínio econômico de um território grande do Rio, não são só favelas, e tem relação direta com as eleições, porque eles elegem representantes”.

Em agosto do ano passado Jerominho usou as redes sociais para dizer que será candidato a prefeito. “Sou pré-candidato, sim. Sou pré-candidato a prefeito do Rio de Janeiro, meu município”, afirmou em um vídeo, dizendo ainda que é apenas “líder comunitário” e que para ele “milicianos são bandidos também”.

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