Bolsonaristas interessados nas eleições municipais terão de buscar nova legenda se quiserem concorrer, dizem os com os pés na realidade

Raquel já é vista como pré-candidata em Nova Iguaçu, mas Alana e Marcelo precisam garantir legenda se quiserem concorrer em suas cidades

No município de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, a bolsonarista Raquel Staziak – advogada e servidora do Ministério Público Estadual, que somou 26.644 votos para deputada federal e foi votada por 8.452 iguaçuanos –, já é apontada como pré-candidata a prefeita pelo PSL, partido hoje tão odiado pela direita quanto pela esquerda, mas, pelo que corre nos corredores da legenda da qual o presidente Jair Bolsonaro e seus filhos acharam que eram donos, nem todos os pretendentes terão a mesma sorte. Como o Aliança, o “Trezoitão”, não dá o menor sinal de que estará oficialmente organizado até o dia 31 de março, deverá sobrar bolsonarista e faltar legenda, ficando o pessoal da arminha com a mão sem um palanque para chamar de seu.

Nascida em Queimados, a deputada Alana Passos ainda não confirmou se vai ou não disputar a Prefeitura local, mas também deverá precisar buscar espaço caso queira concorrer, pois o PSL do município estaria hoje de portas fechadas para ela, exemplo do que ocorre em São João de Meriti e Duque de Caxias para os com discursos pautados na ideologia bolsonarista e adeptos da cara amarrada.

Nessa incerteza e em tempos de portas fechadas para radicais que buscam uma vaga numa legenda e depois querem controlá-las, o mais prejudicado, na visão de observadores mais atentos, seria o deputado estadual Marcelo Ferreira Ribeiro, o Marcelo do Seu Dino, visto em Duque de Caxias como um nome realmente com chances de emplacar, mas que vai precisar convencer o PSL de que merece a vaga ou terá de buscar abrigo numa legenda mais afinada, o que não está sendo fácil de achar.

Em Belford Roxo, Mesquita e Itaguaí, o PSL não deverá nem por a cara de fora na eleição majoritária. A aposta é que tentará composições buscando algumas cadeiras de vereador, projeto que pode ser atrapalhado pelos que ainda estão navegando nas águas da euforia, acreditando que uma foto de cara feia e fazendo arminha com as mãos poderá ajudar eleger grandes bancadas, mesmo sendo a realidade é bem outra: primeiro precisam de um partido que os aceitem, depois formar nominatas e torcerem para que tudo dê certo.

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