Porto Real: possível candidatura de deputado a prefeito pode funcionar como linha auxiliar para o maior adversário do governo

Uma candidatura de Alexandre Serfiotis a prefeito é tudo que o grupo adversário do atual governo gostaria que acontecesse

O primeiro prefeito da história de Porto Real – município instalado em janeiro de 1997 com a separação de Resende –, Sergio Bernardelli, está rindo à toa, pois tudo parece estar conspirando favor do sonho de ver a filha governando a cidade, o que ele vem acalentando desde 2012, quando Silvia (Bernardelli) por pouco não derrotou a candidata do governo, a então vice-prefeita Maria Aparecida Rocha, a Cida.

É que o deputado federal Alexandre Serfiotis, por birrinha com o prefeito Ailton Marques, estaria pretendendo entrar na disputa, o que, na visão de quem entende do riscado, acabaria servindo como linha auxiliar para a locomotiva dos Bernardelli passar sem queimar muita lenha. “Nós estamos adorando essa possibilidade e torcemos muito para que o deputado Serfiotis registre mesmo sua candidatura. Assim serão dois candidatos de uma mesma facção disputando os mesmos votos”, diz um aliado dos Bernardelli.

Ailton Marques está governando desde julho de 2017, quando sucedeu o prefeito Jorge Serfiotis, falecido seis meses após tomar posse. Marques até então era apontado como um político de pouca expressão, mas acabou ganhando alguma musculatura, o que é comum quando se assume o cargo de chefe do Poder Executivo. Ele quer disputar o pleito deste ano e acha que tem cacife para isso, mas muitos dos seus aliados são do grupo do ex-prefeito Jorge Serfiotis e poderiam optar pelo apoio ao filho deste, Alexandre, que está no segundo mandato parlamentar.

Prisão de irmão atrapalha – Não é segredo para ninguém do meio político local que a relação de Marques com os Serfiotis está bastante abalada, rumando para quase nenhuma, desde que Adriano Serfiotis, irmão de Alexandre, foi preso em junho do ano passado, acusado de uma suposta tentativa de extorsão contra o prefeito.

Adriano foi acusado do crime por ter marcado um encontro de Ailton Marques com três empresários de Duque de Caxias, que, durante a conversa, supostamente teriam tentado extorquir o prefeito em R$ 2 milhões, alegando tratar-se a quantia uma dívida de campanha. O grupo teria emprestado o dinheiro para a campanha do pai do deputado e de Adriano, e queria o dinheiro de volta.

Adriano foi preso no dia 20 de junho e em 29 de julho o desembargador Marcus Bazílio, da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, concedeu habeas corpus a ele. O magistrado acatou o argumento da defesa de que Adriano somente entrou em contato com o prefeito para esse fosse em sua residência, onde Ailton teria sido ameaçado o para que pagasse a tal dívida de campanha.

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