Prefeito de Belford Roxo quer quebrar o histórico de não reeleição

Nenhum prefeito da história do município foi reeleito até agora

Com dez prefeitos em sua história – três deles interinos –, o município de Belford Roxo nunca reelegeu um governante, histórico de reprovação que Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho (foto) quer vencer. Até agora ele tem dois adversários declarados, o deputado estadual Deodalto Ferreira e o vereador Cristiano Santos, pré-candidatos a prefeito. O primeiro aposta que tem vaga garantida num eventual segundo turno, Cristiano acredita que será a grande surpresa, e os aliados de Waguinho citam os números das eleições de 2018 para vislumbrar uma vitória logo de cara, uma empolgação não aconselhável por quem entende do riscado.

Com uma gestão marcada por polêmicas e um afastamento que durou 45 dias, Waguinho conseguiu vitórias importantes na Justiça e é apontado como o governante que mais transferiu votos em 2018, o que está expresso em números. A primeira dama Daniela Carneiro, a Daniela do Waguinho foi eleita com 136.286 votos, sendo 88.034 em Belford Roxo, 42,19% do total de votos válidos apurados na cidade para deputado federal, enquanto Marcio Canela – eleito com 110.167 votos –, teve 78.968 em Belford Roxo, o equivalente a 37,40% da votação nominal para deputado estadual no município.

Posse no grito – A história política de Belford Roxo começou com o movimento emancipacionista, mas há uma mancha indelével nesta história, quando um vice-prefeito que já não era mais vice quis tomar o trono no grito. Em 1992 foi eleito o primeiro prefeito da cidade, Jorge Julio Costa dos Santos, o Joca, que tomou posse no dia 1º de janeiro de 1993, quando o município foi instalado, mas o cargo ficou vago dois anos e meio depois.

Joca foi assassinado em junho de 1995 e sua cadeira encheu os olhos de Ricardo Gaspar, vice-prefeito que meses antes havia assumido um mandato de deputado estadual, perdendo assim o direito de sentar no trono como sucessor imediato, mas ele assumiu a Prefeitura na “marra” e ficou 44 dias como prefeito, até ser apeado pelo Tribunal de Justiça, que determinou a posse do então presidente da Câmara de Vereadores, Mair Rosa.

Sucessões – A reeleição para prefeito começou a valer em 2000. Maria Lúcia dos Santos Neto, viúva de Joca que tinha sido eleita em 1996, tentou manter-se na Prefeitura, mas perdeu a disputa para Waldir Santos Camilo, o Waldir Zito, que, por conta de uma gestão considerada péssima, não teve coragem para disputar a reeleição, deixando o caminho livre para Maria Lúcia, que ganhou no primeiro turno com 53,8% dos votos válidos.

Em 2008 Maria Lúcia tentou a reeleição e perdeu para Alcides Rolim, que tentou reeleger-se em 2012 e foi barrado por Adenildo Braulino dos Santos, o Dennis Dauttmam, que, por sua vez, não disputou em Belford Roxo, quando Waguinho foi eleito.

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