MDB pede mandato de Max Lemos por infidelidade partidária

Representação cita ações de improbidade administrativa e condenação criminal

Max pode perder a cadeira para o primeiro suplente Átila Nunes

O diretório regional do MDB e o primeiro suplente de deputado estadual pelo partido, Atila Nunes, ajuizaram “ação declaratória de perda de mandato eletivo por desfiliação partidária sem  justa causa” contra o deputado Max Lemos, que deixou o partido e filiou-se ao PSDB para poder concorrer à Prefeitura de Nova Iguaçu. A inicial assinada pelos advogados Carlos Eduardo Frazão do Amaral e Rafael Barbosa de Castro destaca que o deputado alega que um dos motivos de sua saída da legenda está nas condenações impostas pela Justiça a ex-caciques do partido, sendo que ele mesmo responde a ações por improbidade administrativa, teve os bens bloqueados pela Justiça e tem em seu currículo uma condenação criminal por fraude contra o INSS. “Apesar disso, o réu (Max) posa de arauto da moralidade e bastião da democracia”, diz um trecho da representação.

Na inicial os advogados citam que o deputado alega que o MDB desviou-se do programa partidário, mas exerceu cargos de destaque na atuação política da legenda, tendo inclusive integrado e votado na chapa que elegeu o ex-deputado Leonardo Picciani presidente do partido. “Causa surpresa a contradição ao criticar a eleição de Leonardo Picciani para a presidência do partido na Convenção Estadual, que reuniu todos os convencionais de forma democrática, atendendo os ditames do estatuto”, diz, pontuando que Max integrou a chapa de Leonardo na qualidade de secretário e membro da Executiva Estadual e “votou sem fazer qualquer critica ou reclamar em seu aliado e companheiro de chapa”.

A representação cita também que Max “fez sua carreira política no município de Queimados, sendo prefeito pelo MDB, contando com o irrestrito apoio de Jorge Picciani”, de quem Lemos foi assessor “durante muitos anos”.

O espaço está aberto para manifestação do deputado Max Lemos.

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