“Tem gente achando que Itaboraí é quintal de Maricá”, dizem lideranças políticas estaduais em relação à pré-candidatura abanada por Quaquá

Nas eleições de 2016 o ex-deputado federal Marcelo Delalori quase desbancou o candidato do então prefeito Washington Quaquá à Prefeitura de Maricá. Marcelo, que concorreu pelo DEM, teve 33.380 votos (45,05%) contra os 39128 (52,81%) conferidos ao hoje prefeito Fabiano Horta (PP), mas este ano a coisa será bem diferente, pois Fabiano não terá Delalori pela frente. É que o adversário de ontem resolveu dar uma de aliado, aceitando o “conselho convincente” do mentor de Horta e optando por concorrer em Itaboraí.

Quaquá não esconde ter feito uma espécie de acordo com Delarori para que esse fosse cantar de galo em outro terreiro, no do vizinho. Em maio os dois chegaram a participar de um debate on line para, segundo eles, “discutir políticas públicas para Itaboraí”.

Questionamentos – O que se tem perguntado em Itaboraí nos últimos dias é: O que a dupla de Maricá sabe sobre e Itaboraí, um município muito pobre se comparado com a bilionária cidade de Maricá, e o que move esse súbito interesse de Quaquá e Delalori?

Se em Itaboraí se questiona, em Maricá o meio político já está cansado de saber: Quaquá simplesmente usou seus métodos de conhecimento para tirar Marcelo da disputa local, deixando a disputa menos árdua para Fabiano Horta tentar a reeleição com mais tranquilidade.

Realidades diferentes – Com cerca de 165 mil habitantes, o município de Maricá tem para o exercício de 2020 uma estimativa de receita fixada em R$ 2,8 bilhões, quatro vezes mais a arrecadação de Itaboraí, um município que tem problemas demais e dinheiro a menos para cuidar de quase 240 mil pessoas.

Enquanto a receita de Maricá vem subindo desde 2009, a de Itaboraí vem despencando desde 2015, ano em que só de Imposto Sobre Serviços (ISS) o município hoje administrado pelo prefeito Sadinoel de Oliveira (PP), arrecadava cerca de R$ 30 milhões por mês, receita que não passa atualmente de R$ 4 milhões mensais.

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