Turma da arminha com a mão fica chupando dedo na Baixada

Soldados da tropa bolsonarista não arrumaram “nem para o café” nas urnas

Apoiado por Alana Passos, Major Rodrigues se apresentava como “o único candidato a prefeito bolsonarista de Queimados”. Somou 5.511 votos

Na noite dia 28 de outubro, numa conhecida pizzaria de Nova Iguaçu, um grupo de recém-eleitos pelo PSL comemorava a vitória do presidente Jair Bolsonaro. Eufórico, um deles – o que parecia ser líder do grupo –, jogando a fumaça de seu charuto para o alto, não se conteve: “Vamos tomar a Baixada de assalto em 2020, eleger todos os prefeitos e a maioria esmagadora de vereadores”. Se deram mal. O líder mais ainda, porque vai ter que gastar tempo e dinheiro para se defender das acusações de suposta participação nas fraudes da saúde estadual, no esquemão que derrubou a ele e o governador Wilson Witzel.

A primeira derrota dos “arminha com mão” veio logo no início. Eles perderam o controle do PSL e tiveram de se abrigar em legendas de aluguel. Depois disso veio uma sequência de resultados ruins, com a pá de cal sendo jogada no último domingo. No município de Queimados, por exemplo, o queridinho do grupo comandado na região pela deputada Alana Passos e pelo deputado Anderson da Margarete era o major Rodrigues, candidato a prefeito pelo PTB. Deu ruim para ele: apenas 8,36% dos votos.

Em São João de Meriti Charles Batista, do Republicanos, se apresentava como o candidato da família Bolsonaro e não arrumou nada com isso, a não ser a antipatia do povo, por conta de vídeos apontando armas e o comportamento arrogante nas urnas.  Em Nova Iguaçu o pessoal da arminha com a mão nem candidatura própria conseguiu ter, e não deu para eleger sequer um vereador.

No município de Mesquita mais vexame. Abrigada no PSDB, a bolsonarista Dra Thayana passou vergonha. A representante da nova política somou 1.660 votos, uma ninharia em se tratando de uma candidata a prefeita.

Com muita arrogância e nenhum jogo de cintura, os “arminha com a mão” vão ter de repensar suas ações, despir do personagem que incorporaram e ter humildade suficiente para aprenderem que a política não é velha nem nova, é política, e é feita na base do diálogo e respeito às ideias opostas. Não com a cara amarrada e punhos cerrados, como se quisessem intimidar alguém.

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