Elizeu Pires
A liminar concedida em 24 de novembro pelo ministro Gilmar Mendes, suspendendo os efeitos de uma condenação do próprio Supremo Tribunal Federal para que o prefeito Washington Reis (MDB) fosse empossado para governar Duque de Caxias por mais quatro anos, foi apelidada de “vaca voadora” por alguns juristas. Na última terça-feira (16), por unanimidade, a decisão monocrática caiu, e a sentença de pouco mais de sete anos de prisão em regime semiaberto, terá de ser cumprida, mas isso, alerta os mesmos operadores do Direito, “se outra vaca não levantar voo”.
A discussão agora é sobre quem governaria a cidade nesse caso. Uns dizem que no semiaberto Washington poderia continuar dando expediente na Prefeitura, enquanto outros entendem que o vice-prefeito assumiria o governo. O fato é que, seja lá como for, a família Reis continuará governando, pois Wilson Miguel dos Reis, tio de Washington, é o sucessor imediato no impedimento do titular.
Na campanha de 2020 o vice na chapa de Washington era o ex-secretário de Obras João Carlos Grilo, que renunciou, alegando “motivos pessoais”, o que caiu como uma luva para a família”. Sabedor de sua complicada situação jurídica e dos riscos de não concluir o mandato que viesse a conseguir nas urnas, o prefeito fez uma escolha estratégica, substituindo Grilo pelo tio.
Na noite da última terça-feira começou a circular nas redes sociais que o município teria nova eleição para prefeito, o que, revelam especialistas no assunto, não é verdade, pois o processo de registro de candidatura já transitou em julgado.
*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria.