Confrontos internos apontam que deputados de Nova Iguaçu devem ir para o embate direto pela Prefeitura em 2024

Elizeu Pires

Juninho foi alvo de uma ação do PP vista como “encomenda” de Luizinho

Um começou a carreira política sozinho e formou seu grupo. O outro foi embalado pelo pessoal do samba e do transporte, até ser adotado pelo então prefeito de Nova Iguaçu, Nelson Bornier, que também lhe abriu as portas no governo estadual. O primeiro teve dois mandatos de vereador e foi presidente da Câmara Municipal antes de eleger-se deputado federal em 2018, ano em que o segundo – na onda da Secretaria Estadual de Saúde – conquistou seu primeiro mandato eletivo, mas não tem grupo e sim o que se chama, no meio, de ajuntamento. Dois anos depois os dois estavam juntos no mesmo palanque, um candidato a vice-prefeito e o outro cabo eleitoral de luxo. No ano final do ano passado a máscara do segundo caiu.

Tratam-se de Rogério Teixeira Junior, o Juninho do Pneu e Luiz Antonio Teixeira Junior, conhecido como Dr. Luizinho e, mais recentemente, apelidado de Dr.Cisbaf (apelido que é uma referência ao Consórcio Intermunicipal Saúde Baixada Fluminense, que reúne as secretarias de Saúde da região) pelo fato de o doutor ter braços em setores de saúde de vários municípios.

Disputa antecipada – Visto com antecedência como adversário nas eleições municipais de 2024, Juninho foi alvo de uma ação impetrada pelo Partido Progressista de Nova Iguaçu, legenda comandada por Luizinho no estado do Rio de Janeiro. O objetivo era obrigá-lo escolher entre o mandato de vice-prefeito e o de deputado. O alvo do PP foi um decreto da Câmara de Vereadores de Nova Iguaçu, que adiava para daqui a dois anos a posse do vice-prefeito. Na semana passada Juninho optou pela Câmara dos Deputados, deixando livre a vaga de vice-prefeito.

A ação impetrada contra o decreto passou a ser encarada como “declaração de guerra” do deputado Luiz Antonio Teixeira Junior, que, segundo algumas lideranças locais, estaria querendo dominar o município, “como se tivesse mais cacife político que o próprio prefeito reeleito”. Só que o jeito nada delicado adotado pelo segundo, favorece o primeiro, que tem mais estatura política, embora o segundo se ache o rei da cocada, o último biscoito do pacote, superdimensionando seu tamanho. Além disso primeiro privilegia os locais, enquanto o segundo parece achar que os da terra são meros idiotas, esquecendo que os de fora, os que classifica como os melhores em tudo, não votam na cidade

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