Lira volta a falar de botão amarelo, que segue sob pressão dos seus dedos e que está 24h atento

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), voltou a falar sobre o “sinal amarelo”, um recado indireto sobre seu papel institucional na vigilância da democracia, no seu pronunciamento feito hoje, para dizer que levará a proposta de emenda à Constituição (PEC) do voto impresso para ser votada no plenário da Casa, pelos 513 deputados e não apenas na comissão especial.

“O botão amarelo continua apertado. Segue com a pressão do meu dedo. Estou atento. 24 horas atento. Todo tempo é tempo. Mas tenho de certeza que continuarei pelo caminho da institucionalidade, da harmonia entre os poderes e da defesa da democracia”, disse Lira.

Ele já havia citado esse “sinal amarelo” em março deste ano, no dia em que o País ultrapassou a marca de 300 mil mortes provocadas pela covid-19 e após o presidente Jair Bolsonaro insistir em recomendações contrárias a diretrizes científicas. Sem citar a palavra impeachment, Lira disse, no dia 24 de março, que “os remédios políticos no Parlamento são conhecidos e são todos amargos; alguns, fatais”.

O próprio deputado deixou claro para quem o seu recado era direcionado. “Dirijo-me a todos que conduzem os órgãos diretamente envolvidos no combate à pandemia”, afirmou ele. “Estou apertando hoje um sinal amarelo para quem quiser enxergar: não vamos continuar aqui votando e seguindo um protocolo legislativo com o compromisso de não errar com o País se, fora daqui, erros primários, erros desnecessários, erros inúteis, erros que são muito menores do que os acertos cometidos continuarem a ser praticados”, afirmou também naquele dia.

(Com a Agência Estado)

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