Perto de entrar para a lista das cidades com eleição em dois turnos, Magé deve se fechar em torno de candidatos locais em 2022

● Elizeu Pires

Nos corredores do poder fala-se em Vinicius Cozzolino e Valdec Mattos

Atualmente com dois representantes locais em Brasília – um titular e outro na condição de suplente em exercício de mandato – o município de Magé, na Baixada Fluminense, tem um histórico de preferir nomes de fora aos candidatos locais na hora de votar para deputado. No pleito municipal de 2020 o município tinha o total de 193.559 eleitores inscritos, sendo que 43.177 deles (22,31%) abriram mão do direito de escolha, não comparecendo às urnas. Daqui a três anos e um mês, quando acontecerão novas eleições para prefeito e vereadores, Magé já deverá ter passado da casa dos 200 mil votantes. Aí o pleito majoritário será em dois turnos, mas isso é para se pensar depois, já que 2022 está logo ali…

As atenções agora estão voltadas para as eleições gerais, quando serão definidos nas urnas os nomes do presidente da República, governadores, senadores, deputados federais e estaduais, e em Magé a coisa não é diferente. Nos ambientes políticos locais pré-candidaturas já começam a ser discutidas, algumas a portas fechadas, outras livremente, mas há um certo consenso por apoio a apenas nomes locais, o que seria um grande avanço e demonstração de amadurecimento.

A grande expectativa é quanto ao grupo que hoje está no poder e que certamente não se fecharia em torno do deputado Ricardo Correa de Barros, o Ricardo da Karol (PSC), e do suplente José Augusto Nalin (DEM), uma vez que esses devem ingressar na disputa pela Prefeitura em 2024, e já são vistos como adversários. Dessa forma as conversas, ainda que com preferências distintas, giram em todo do vereador Valdec Ferreira de Mattos da Silva (PP), padrasto do prefeito Renato Cozzolino Harb, e do secretário de Governo, Vinicius Cozzolino, para deputado federal e estadual, respectivamente, ou vice-versa.

Pelo que se comenta nos meios políticos locais, Vinicius seria o nome preferido da tia, a ex-prefeita Nubia Cozzolino, que mesmo sem condições jurídicas de disputar uma eleição e de não participar do governo – pelo menos de forma clara –, tem grande influência no eleitorado, sendo apontada como a grande responsável pela eleição do sobrinho Renato, o prefeito menos votado da história de Magé em termos percentuais, somando apenas 27,13% dos votos nominais.

Quanto à Valdec, seus apoiadores são mais de fora do que de dentro do governo, mas esse tem a seu favor a popularidade e a experiência de campanhas anteriores. Ele já falou ao elizeupires.com de que não pretende concorrer nas eleições de 2022, mas tem muita gente querendo mandá-lo para Brasília, já temendo que ele se empolgue em relação a 2024. “Esse moço seria um forte candidato a prefeito e isso tem gente no grupo que não aceitaria, pois seria necessário um nome mais fácil de se controlar caso se confirme a inelegibilidade de Renato, deixando-o de fora do páreo nas próximas eleições municipais”, diz um observador próximo ao grupo.

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