Itatiaia: Vereadores não entram em acordo em audiência de conciliação e ‘pupilo de Dudu’ se aproxima do radar do cargo de prefeito interino

● Elizeu Pires

Para os observadores mais atentos à politica local, tudo estaria convergindo para a permanência do grupo do ex-prefeito Eduardo Guedes no poder

Terminou sem sucesso a audiência de conciliação promovida pela comarca de Itatiaia para escolha do novo presidente da Câmara, que, em tese, seria alçado ao cargo de prefeito interino nos próximos dias. De acordo com a ata da audiência realizada ontem (1) pelo juízo da Vara Única local, após manifestação do Ministério Público, a juíza Carolina Fava de Almeida deverá avaliar todos os pedidos formulados pelas partes envolvidas no imbróglio, no caso os dois blocos de vereadores que almejam controlar a Câmara que está “desgovernada’, segundo definiu a magistrada.

No rol das petições está a assunção da própria juíza, possibilidade que também diverge os juristas em relação às alternativas para intervenção previstas no artigo 34 e 35 da Constituição. O que poderia aproximar o secretário de Administração, Tiago Diniz, aliado do ex-prefeito Eduardo Guedes, da posse da ‘caneta de ouro’ de Itatiaia.

A ingovernabilidade da Câmara enfraqueceria a assunção de outros membros da mesa diretora ao cargo de prefeito interino, embora a possibilidade não esteja descartada.  Fora da Casa de Leis, os holofotes da Justiça poderão ser projetados para os primeiros agentes políticos do Executivo, na linha sucessória prevista na Lei Orgânica Municipal.  Desta forma, a primeira opção seria o Procurador Geral do Município, cargo atualmente ocupado por Rafael Gomes segundo consta no Boletim Oficial de Itatiaia.

Em caso de impossibilidade de o Procurador assumir o cargo, a Lei Orgânica de Itatiaia ainda prevê que o secretário de Administração seja alçado ao cargo de prefeito interino, no caso Tiago Diniz, aliado de Dudu. Diniz teria sido nomeado após um acordo entre o atual interino, Silvano Rodrigues, o Vaninho, e o vereador Bruno Diniz, irmão de Tiago, que renunciaria à disputa da eleição do último dia 12 de setembro, que acabou suspensa por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), em troca do cargo do irmão, o que de fato aconteceu.

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