Sem individualismo, lideranças políticas da Baixada convergem por indicação de vice-governador e candidatura própria ao Senado

● Elizeu Pires

Com cerca de quatro milhões de habitantes e mais de dois milhões de eleitores, a Baixada Fluminense deixou de ser o patinho feio aos olhos dos pré-candidatos ao governo estadual, e tem tudo para repetir 1986, quando o iguaçuano Francisco Amaral foi puxado para ser o vice de Moreira Franco. Hoje na mesa de apostas gira o nome do prefeito de Nova Iguaçu, Rogério Lisboa, que tem recebido piscadas de olhos de pelo menos três pretensos concorrentes ao Palácio Guanabara, entre eles o próprio governador Claudio Castro, que ontem (8) esteve em Duque de Caxias entregando várias obras e firmando novos compromissos. Porém, tem gente jogando suas fichas em Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho, que tem feito milagres em termos de realizações no tão anteriormente abandonado município de Belford Roxo.

Apostas e nomes a parte, o que se tem percebido na região é que o individualismo virou coisa do passado. Na noite da última terça-feira (7), em bate-papo ao vivo no Estúdio B Central de Entrevistas, um membro da família Reis, apontada como adepta em primeiro grau do “primeiro eu, depois eu e sempre eu”, demonstrou uma nova postura do clã comandado pelo prefeito caxiense. Irmão mais novo de Washington, o deputado estadual Rnsenverg Reis sustentou que o importante é a Baixada estar dentro do jogo, com um nome como vice na chapa de Castro e um candidato da terra ao Senado.

Com as campanhas vitoriosas dos prefeitos das quatro maiores cidades da região – três deles reeleitos no primeiro turno – e pelo sucesso de suas gestões, nomes como Rogério Lisboa, Waguinho, João Ferreira Neto (Dr. João) e Washington Reis, passaram a ser vistos com outros olhos até para quem sempre torceu o nariz para a região.

É o caso do grupo do prefeito do Rio, Eduardo Paes, que busca na Baixada Fluminense companheiro para compor uma chapa que poderá ser encabeçada pelo presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, mesma postura vem sendo adotada pelo ex-prefeito de Niterói, Rodrigo Neves – que já conversou com Rogério Lisboa e Waguinho –, e quem deve pintar na região ainda este mês é o deputado federal Marcelo Freixo.

Se os de fora mostram interesse, as lideranças locais estão externando amadurecimento, olhando mais para a região do que para o próprio umbigo, um avanço e tanto para uma região que já foi muito prejudicada pela vaidade de seus políticos.

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