Itatiaia: Grupo de Dudu estaria se esfacelando a poucos dias da eleição

Ex-prefeito precisa da vitória de um aliado para sobreviver politicamente

● Elizeu Pires

A poucos metros da linha de chegada da corrida eleitoral de Itatiaia, pleito suplementar que acontece no próximo dia 13 de março, o grupo político do ex-prefeito Eduardo Guedes (foto) estaria vivendo dias que nem o pior pesadelo do político poderia prever.  Isso porque a disputa acontece após um ano e três meses de muito desgaste no município do sul fluminense, provocado por artifícios jurídicos de Dudu, que, embora tenha conseguido esticar os mandatos interinos de seus aliados, acabou atraindo para si uma rejeição tão grande quanto a divisão de parte de seus aliados políticos.

Guedes cismou de conseguir um terceiro mandato consecutivo, apostando alto nas promessas de advogados que lhe garantiram que sustentariam o resultado conferido nas urnas no pleito de 2020. Como não se deu bem, tenta agora uma gestão indireta, trabalhando para colocar um aliado seu no trono, mas o que era o “grupo do Dudu” em 2020, hoje pode estar dividido basicamente em quatro partes: uma delas é a frente que compõe a candidatura do vereador Bruno Diniz e a outra está representada pelo também candidato Silvano Rodrigues, o Vaninho.

Há ainda uma parcela que se desligou no meio político, já que eram cargos comissionados do governo de Dudu em 2020 e não foram aproveitados pelos interinos que sucederam o ex-prefeito. E, inclusive, ex-apoiadores de Dudu que migraram para o principal adversário do grupo, o empresário Irineu Nogueira.

Na conta do “dividido grupo de Dudu” há ainda a privatização da água e do esgoto, que vai resultar em mais uma conta para as famílias de Itatiaia pagarem todo mês. Em 2019, Dudu autorizou que fossem feitos estudos para privatização dos serviços, por meio de um processo iniciado no ano anterior. Em outubro do ano passado, Itatiaia acabou incluída no pacote de privatização da Cedae por meio de um pedido oficiado por Vaninho, prefeito interino na época, ao governo do Estado. O que acabou acontecendo em dezembro.

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