Itatiaia: Ex-vereador estaria costurando salvação do prefeito na Câmara

Coincidência ou não, o assunto CPI da merenda ficou esquecido nas últimas sessões da Casa

● Elizeu Pires

No dia 16, após pedir exoneração do cargo, a ex-procuradora-geral do município postou essa mensagem

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) provavelmente terá chances de encontrar algo em estado de decomposição, caso decida fazer uma visita aos subterrâneos do governo do prefeito de Itatiaia, Irineu Nogueira. No final da semana passada por exemplo, um caminhão foi flagrado fazendo um descarregamento de alimentos supostamente sem contrato com a Prefeitura. Pelo que se comenta nos meios políticos locais, o veículo seria de um supermercado, cujo proprietário teria negócios em comum com um ex-vereador do município, e há quem diga que por trás de disso estaria o interesse em um futuro contrato para instalação de câmeras de monitoramento no município. Nos meios políticos também se comenta que os alimentos teriam sido doados.

O suposto jogo de interesse envolvendo a suposta doação dos alimentos, se realmente aconteceu, ganhou força no último final de semana. Fontes do elizeupires.com revelaram que Irineu teria participado de um encontro intermediado pelo ex-vereador com alguns membros da Câmara, com a conversa girando em torno de uma CPI para apurar possíveis irregularidades num emergencial feita pela Prefeitura com uma empresa de Volta Redonda para fornecimentos de gêneros para a merenda escolar.

Coincidência ou não, o fato é que, apesar de supostamente os nomes dos membros da CPI já estarem definidos, o assunto não foi falado em plenário nas sessões desta semana. O que, para os observadores mais atentos, poderia ser uma consequência das articulações do final de semana liderada pelo ex-vereador.

A CPI da Merenda chegou a ser proposta para apurar supostas irregularidades no o Processo Administrativo 3636/2022, que gerou a aquisição – sem licitação – de R$ 599.237,50 em gêneros alimentícios perecíveis junto à empresa MS da Silva Pereira Comércio e Distribuição de Frutas e Legumes. Após denúncias a advogada Manoela Neves de Castro Gambardella, que exercia o cargo de procuradora geral do município, pediu exoneração e encaminhou uma mensagem a um grupo de amigos, chamando ainda mais atenção para o caso: “Queria dizer pra vocês que hoje cedo pedi minha exoneração. Existe muita coisa imunda acontecendo nessa Prefeitura, infelizmente, e eu precisei tomar essa decisão para que meu nome não fosse envolvido”,

*O espaço está aberto para manifestação da Prefeitura e da Câmara de Vereadores.

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