“Sou um soldado do partido”, diz ele
● Elizeu Pires
Bem relacionado com políticos de todas as regiões fluminenses, o presidente da Alerj, André Ceciliano (PT), afirmou que seja qual for o posicionamento do PSB em relação à candidatura de Alessandro Molon, vai por o bloco nas ruas a partir do dia 16, quando começa a campanha eleitoral.
Nome do Partido dos Trabalhadores para o Senado, André tem apoio declarado de 60 prefeitos na corrida eleitoral. Ceciliano – que chegou a ser pressionado para concorrer a governador – foi indicado a senador pelo ex-presidente Lula e diz que aceitou a missão por ser um “soldado do partido”.
“Grande parte do Partido dos Trabalhadores queria que eu saísse candidato a governador. Inclusive o prefeito da capital [Eduardo Paes] me convidou para ser esse candidato. E ele afirmou isso de novo há três semanas, com o presidente Lula. Mas, em fevereiro deste ano, Lula disse que iria anunciar o acordo com o PSB em que eles indicariam o candidato ao governo e o PT, ao Senado”, explicou o deputado em entrevista ontem (3) ao UOL News.
O PT tinha um acordo com o PSB para apoiar o candidato a governador Marcelo Freixo, em troca do compromisso de o Partido Socialista Brasileira não lançar candidato a senador. Como o PSB optou por indicar Molon, as lideranças regionais do Partido dos Trabalhadores deu o acordo como rompido e decidiu retirar o apoio a Freixo, o grande prejudicado com a teimosia de Alessandro em disputar a única vaga de senador que está sendo oferecida este ano.
Na entrevista Ceciliano disse que espera por uma desistência de Molon. “Quero perseguir até sexta-feira (amanhã) ainda que a gente possa manter o acordo que foi firmado pela direção nacional do meu partido com o PSB. Na política, a palavra tem valor e os acordos devem ser cumpridos”, afirmou.
