Petista quer ser o senador do povo e o político do PSB parece interessado apenas pela classe artística
● Elizeu Pires
“Do jeito que é, Alessandro Molon não aguentaria meia hora no calor da Zona Oeste e fugiria, com certeza, da Baixada Fluminense”. Quem diz isso é um coordenador de campanha com longos anos de atuação nas regiões pelas quais o petista André Ceciliano, transita com desenvoltura e segurança. “Quero ser o senador da Baixada e da Zona Oeste”, costuma dizer o atual presidente da Alerj, enquanto Molon parece estar mais interessado na declaração de apoio dos artistas, como se estivesse disputando a presidência do sindicato da categoria, não uma vaga no Senado.
Formada por 13 municípios, a Baixada Fluminense soma este 2.854.761 eleitores aptos a votar, são 670.024 votantes em Duque de Caxias, 609.489 em Nova Iguaçu, 376.769 em São João de Meriti, 337.505 em Belford Roxo, 196.665 em Magé, 135.875 em Mesquita, 130.943, 94.176 em Itaguaí, 94.160 em Queimados, 75.128 em Japeri, 57.839 em Seropédica, 42.192 em Guapimirim e 33.996 eleitores em Paracambi, uma força eleitoral superior a de vários estados.
Acordo quebrado – No Rio de Janeiro PT e PSB tinham um acordo de palanque único, com Lula presidente, Marcelo Freixo governador e André Ceciliano senador. Entretanto o deputado federal Alessandro Molon resolveu quebrar a corrente, lançando-se ao Senado, dividindo a esquerda no estado, Criou um mal-estar enorme no comando nacional do PSB, que optou por não intervir na Executiva Regional fluminense, mas decidiu não repassar recursos do fundo partidário para a campanha de Molon.
Até ontem (5), esperava-se que Molon recuasse e decidisse por tentar renovar o mandato de deputado federal, o que poderia ajudar bastante o PSB na ampliação da bancada, Alessandro manteve a postura, e horas depois de ele confirma a opção pelo Senado Marcelo Freixo posou para foto de braço erguido com Andre Ceciliano numa cerimônia na Câmara Municipal do Rio.