Baixada comemora queda de Washington, um rei que nunca teve majestade, mas que se achava o “dono” da região

● Elizeu Pires

“Washington Reis jogou e perdeu. Quis tudo e acabou ficando sem nada”, entendem algumas lideranças políticas da região

Majestade, está no dicionário, é um substantivo feminino, diz daquele ou daquela que impõe veneração, sublimidade; que se mostra grande, pomposo, altivo, imponente, qualidades que o ex-prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis (MDB), não reúne, apesar de ter se colocado como o “Rei da Baixada” nos últimos anos, a ponto de pretender mandar nos demais municípios da região, como se todos os prefeitos tivessem que bater cabeça para ele.

Agora, se superdimensionava mesmo sua condição, Reis terá de rever seus conceitos, pois a ganância acabou levando-o, politicamente falando, a lugar nenhum, e, pior que isso, ele está sendo alvo de chacota por lideranças da região que confundia com a extensão de seu quintal. Não tem mais mandato, está fora da disputa eleitoral e corre riscos de ir parar na cadeia, condenado que está a uma pena de sete anos e dois meses em regime semiaberto, sentença que – ao ser confirmada pela 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal – levou o TRE fluminense a impugnar sua candidatura a governador.

Se ele já estava há dez dias colhendo os frutos do que plantou com as seguidas derrotas na Justiça, levou ontem (9) uma pá de cal. Tentou negociar a vaga de vice-governador como se tivesse em condições de impor alguma coisa, mas o nome do seu indicado, o vereador do Rio Vitor Hugo (MDB), sequer foi levado em consideração, uma pancada que deve ter doido em Washington mais que a rejeição de seu irmão, o deputado estadual Rosenverg Reis, para o Tribunal de Contas do Estado.

Com a viola no saco, ele agora volta para Duque de Caxias, e retorna menor do que saiu, embora tenha apresentado um pedido de renúncia, algo desnecessário, já que desde o início sabia que estava inelegível. Quem conhece a ele e os seus, imagina que até poderá ser visto pelos seguidores como prefeito de fato. Porém, o de direito é o Tio Wilson, vice que ele deixou na cadeira certo de que iria mandar no estado do Rio de Janeiro a partir de janeiro de 2023.

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