… e os prefeitos Baixada agradecem por isso
● Elizeu Pires
Até a manhã de domingo (11), o deputado Luiz Antonio Teixeira Junior (PP-RJ), tinha certeza de que seria o escolhido para compor, como vice, a chapa do governador Claudio Castro (PL), em substituição a Washington Reis (MDB), que até sexta-feira (9), achava que conseguira emplacar na vaga o desconhecido Vitor Hugo (vereador na capital fluminense), isso depois de ter tentado impor seu irmão, Rosenverg Reis. Os dois saíram perdendo a disputa. “Melhor para o estado”, segundo entendem alguns prefeitos da Baixada Fluminense, região da qual ambos pensam ser as maiores lideranças políticas.
A disputa pela vaga de vice-governador foi vencida pelo União Brasil, que havia indicado dois nomes, Tiago Pampolha e Vinicius Farah, prevalecendo Tiago. Embora alguns líderes da Baixada torcessem pela escolha de Farah, a opção por Pampolha não desagradou, pois o que a maioria dos que governam na região não queriam mesmo é que a vaga ficasse com Luizinho ou ou um indicado de Reis, que teve seu nome barrado pela Justiça Eleitoral por conta de uma sentença de sete anos e dois meses de prisão em regime semiaberto.
Dr. Luizinho – como o deputado é mais conhecido –, em comparação a Reis, é um calouro na política, mas tem se achado do tamanho de Washington, com quem, revelam lideranças locais, teria contas a acertar, pelo fato de o “novato” querer mandar nas cidades da região, mesma pretensão do ex-prefeito de duquecaxiense.
Dizem lá pelas bandas de Caxias que as diferenças entre os dois bicudos aumentaram bastante depois da municipalização do Hospital Adão Pereira Nunes, o Hospital de Saracuruna. Isso porque o deputado teria planos para o HAPN, assim como mete o bedelho em unidades de vários municípios e na Fundação de Saúde.
“Realmente são dois bicudos e como tal não se beijam. Graças a Deus nenhum dos dois será vice-governador. Do contrário coitados dos prefeitos e do próprio governador. Se eleito com um dos dois como vice, Claudio Castro não teria um momento de sossego. Luizinho talvez quisesse até se mudar para o palácio, e Washington ocuparia o gabinete como se fosse o titular da cadeira, não um eventual substituto. Penso que o estado estará melhor sem eles na chapa”, diz um prefeito da região.