Ex-rei da Baixada saiu pequenininho das urnas e ficou sem capital político para sustentar seu castelo
● Elizeu Pires
Condenado a sete anos e dois meses em regime semiaberto, o ex-prefeito de Duque de Caxias está inelegível por oito anos. Washington Reis (MDB), se encontra em maus lençóis, mas quer dar a impressão de que está mandando, e muito. Porém, quem acompanha de perto a movimentação do tabuleiro político no estado do Rio de Janeiro, diz que a ele só deverá restar mesmo o poder local, o município de Duque de Caxias, e olhe lá.
Colocado no chinelo pelo prefeito de Belford Roxo, Reis está hoje níveis abaixo de Wagner Carneiro dos Santos, que tirou dele o título de “Rei da Baixada”, e fez isso sem precisar jogar pesado, sem se intrometer na casa do vizinho como Washington adora fazer. Waguinho conquistou espaço nas urnas, fazendo dos seus apoiados os deputados mais votados no território fluminense este ano, superando em muito – a exemplo do que já havia acontecido no pleito de 2018 –, a votação dos irmãos Gutemberg e Rosenverg Reis.
Reis vem medindo forças e perdendo todas, mas ainda assim diz aos seus que é o dono da bola. Logo depois do primeiro turno das eleições tentou encostar o governador Claudio Castro na parede para ter sob seu controle a Secretaria de Saúde, mas como essa já tem o deputado Luiz Antônio Teixeira Junior, o Dr. Luizinho, como dono, Reis esticou os olhos para a de Infraestrutura e Obas, controlada atualmente pelo deputado Max Lemos. Então passou a fazer beicinho…
No segundo turno da eleição para presidente da República promoveu um evento pró-Bolsonaro em sua cidade e reuniu menos apoiadores que Waguinho no comício de Lula em Belford Roxo, e agora, com a vitória do PT, fica chupando dedo diante do governo federal. Como a bruxa parece estar solta no caminho dele, Duque de Caxias deverá ser a única opção de Reis, mas é preciso ficar esperto, pois pode perder também esse pirulito.