Prefeito de Itatiaia nomeia cabos eleitorais de adversário

Bruno Diniz conseguiu empregar pelo menos vários apoiadores que se manifestavam nas redes sociais a favor dele durante a campanha na eleição suplementar

● Elizeu Pires

Diniz foi o segundo colocado na eleição suplementar

Ao que tudo indica a Câmara de Vereadores de Itatiaia vai continuar – como num passado não muito distante – funcionando como um puxadinho da Prefeitura, com o governo fazendo o que bem entender sem ser incomodado pelos nobres representantes do povo.

O início o prefeito Irineu Nogueira (PTB) até que encontrou alguma dificuldade e, inclusive, uma CPI chegou a ser instalada. Porém, segundo observadores mais atentos, o diário oficial tem se encarregado de quebrar as barreiras, e que o diga o vereador Bruno Diz (Solidariedade), de quem muitos esperavam uma postura de oposição, mas que já teria se aproximado do governo e recebido cargos para abrigar alguns apoiadores.

Bruno foi eleito vereador em 2020 e no ano passado foi adversário de Irineu na eleição suplementar, tendo ficado em segundo lugar, com 35,43%. Irineu tomou posse no dia 1º de abril e Diniz logo se posicionou como voz de oposição, mas a julgar pelo número de apoiadores deles nomeados nos últimos por Nogueira em cargos comissionados e funções gratificadas, o adversário de ontem hoje é um aliado com grande espaço na administração municipal.

Relator de CPI – O vereador Bruno Diniz atuou como relator na CPI da Merenda, uma comissão de inquérito instalada para apurar denúncia de irregularidades na compra de alimentos não perecíveis para merenda escolar, uma emergencial de cerca de R$ 600 mil.

 A CPI chegou ao final com seu relatório apontando possível direcionamento e indícios de irregularidades que, diz o documento, “infringiram vários dispositivos legais, bem como princípios da administração pública, incorrendo inclusive em condutas tipificadas como crimes”.

O relatório revelou, também, que a CPI “contou com uma grande obstrução de informações por parte dos depoentes, que simplesmente alegavam ‘não saber de nada’, com intuito de descredibilizar os trabalhos da comissão e dificultar a elaboração do relatório final”.

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