● Elizeu Pires
Com o PL rachado, o alvo de investigações no Ministério Público, deputado Rodrigo Bacellar espera ser eleito nesta quinta-feira (2) para presidir a Alerj com pelo menos 50 votos, conta feita por ele e pelo governador Claudio Castro, que resolveu bancar uma candidatura que, para muitos, poderá trazer muitos problemas para o governo e acabar com a harmonia na Casa.
Ontem (30) Castro viu de perto que a coisa é séria. Um ala do partido deixou bem claro que Bacellar não controla o PL, não une a Alerj e continua sendo visto como um medíocre político do interior, com o agravante de ser achar maios poderoso que o chefe do Executivo estadual.
Visto como desagregador, Bacellar tem várias pontas soltas. O deputado é alvo de investigações no Ministério Público e é apontado mais como problema para Castro que como solução na Alerj, que até então vinha sendo presidida pelo conciliador André Ceciliano, que agora vai trabalhar em Brasília como secretário de Assuntos Federativos da Presidência da República.
A opção de Rodrigo por Castro contraria até mesmo o sempre governista Altineu Côrtes, um político que costuma não abrir mão de cargos, mas ontem liderou a ala dos que preferem Jair Bittencourt a Rodrigo. Presidente estadual do partido, Côrtes entregou ao governador as pas da Agricultura, Educação e Ciência e Tecnologia, secretarias controladas pelo PL.
Isso aconteceu no dia em que saiu mais uma notícia envolvendo o preferido do governador em mais um escândalo. Depois do Ceperj e outras coisas mais, agora há um inquérito no MP para investigar o deputado e o irmão dele, Nelson Bacellar, que usa um apartamento de um fornecedor do governo. Também está sendo apurada a denúncia de que o deputado usa o helicóptero de um grupo empresarial investigado por organização criminosa, lavagem de dinheiro e extração ilegal de ouro, entre outros crimes.