“É muito cacique para pouco índio em Nova Iguaçu”, é o que dizem nos ambientes políticos da cidade

● Elizeu Pires

Até que provem o contrário – pelo menos até o dia 31 de dezembro de 2024 -, o prefeito de Nova Iguaçu, segundo município mais importante da Baixada Fluminense, chama-se Rogério Lisboa. Quem manda não é Luiz Antônio Teixeira, o Dr. Luizinho, mas também chamado em Brasília por alguns parlamentares de “Dr. OS”, nem o procurador Rafael Alves de Oliveira, o homem dos “pareceres brilhantes”.

Rogério foi eleito e reeleito com uma carreta de votos, e é dele a caneta que nomeia e exonera, mas tem gente pensando ser o “rei da cocada”, principalmente na hora de autorizar dispensas de licitações esquisitas para entregar unidades de saúde importantes às já manjadas “instituições em fins lucrativos”, organizações sociais que firmam contratos milionários, mas costumam não respeitar os direitos daqueles que formam a mão de obra empregada por elas.

Nova Iguaçu foi sacudida esta semana com três dessas dispensas de licitação e, conta um passarinho com voos constantes na sede do governo, outras estariam sendo planejadas em pastas diferentes da administração municipal, como uma que tentaram impor dia desses a uma Secretaria que tem incomodado a muitos por causa do bom trabalho desenvolvido.

Mas não é só isso. Também tem a questão política, com gente que nunca teve um voto nem para síndico do condomínio onde mora, arquitetando, na encolha, um plano para minar o presidente da Câmara de Vereadores, temendo que Eduardo Reina – que embora seja um estreante na vida pública vem dando de goleada em muitos que se acham o máximo – venha a ser escolhido como candidato do governo no pleito de 2024.

O que tem de minas terrestres espalhadas pelos caminhos que Dudu transita é de assustar. Querem porque querem explodi-lo, tirá-lo de uma jogada que sequer foi anunciada ainda. O fogo amigo vem sendo disparado sem economia de munição e ou escrúpulo, um jogo sujo que enoja, pois os jogadores atuam de máscara, e diante da menor suspeita de que estão arquitetando alguma coisa, dizem logo: “Sou um soldado do prefeito e cumpro a ordem que for dada”. Pode até ser, mas um soldado que quer derrubar o mais preparado, para assim ser a única alternativa do comandante.

Como diz uma raposa felpuda da política iguaçuana, tem muito cacique para pouco índio nessa aldeia chamada administração municipal, e o pior que seu cocares nem penas tem.

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