Agora falta autorização buscada na Justiça para os seis deputados federais eleitos pelo União no Rio saírem do partido
● Elizeu Pires
“Os desentendimentos que causaram a saída dele do União Brasil e ingresso no PRB foram uma benção para ele”. Disse ao elizeupires.com agora há pouco uma cabeça coroada do Republicanos e da Igreja Universal do Reino de Deus, referindo-se à filiação do prefeito de Belford Roxo, Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho ao partido. Já em outras legendas algumas lideranças que o prefeito “caiu para cima”, pois terá liberdade para trabalhar, fortalecer o partido para disputar várias prefeituras nas eleições de 2024.
Waguinho havia sido surpreendido pela direção nacional do União Brasil com uma “bolada nas costas”, uma jogada para fazer do partido no Rio de Janeiro extensão do quintal do presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar, e uma espécie de puxadinho do gabinete do governador Claúdio Castro, dupla que achou que daria uma “calça arriada” no presidente regional do PL, Altineu Cortes, tomando o partido na mão grande, e como não conseguiu estaria pretendendo fazer isto com o União Brasil.
O prefeito de Belford Roxo foi recebido com honras na noite de ontem (10) pelo presidente nacional do PRB, o deputado federal Marcos Pereira. A solenidade de filiação ao Republicanos contou com a presença da ministra do Turismo Daniela Carneiro e com seis deputados do União que decidiram acompanhar Waguinho, mas esperam um salvo conduto para isto. O presidente nacional do PT, Washington Quaquá, também este por lá: “Não é qualquer partido que recebe um político do nível do Waguinho. O Republicanos agrega em suas fileiras uma locomotiva da política do Estado do Rio de Janeiro, que é o prefeito Waguinho”.
Durante a solenidade foi anunciado que Waguinho assume oficialmente como presidente do partido no estado do Rio de Janeiro. Ele aproveitou o momento para revelar os motivos de sua saída do União Brasil: “a inércia da direção nacional do partido em não convocar convenções municipais (pressuposto para a realização da convenção estadual); o bloqueio da senha da Comissão Executiva Estadual; os insultos contra parlamentares que discordassem da Executiva Nacional; as nomeações promovidas pela Comissão Executiva Nacional, em negociações unilaterais, sem mera consulta aos deputados e lideranças do estado; e, ainda, a dificuldade na utilização do fundo partidário”.