Presidente da Câmara de Caxias parece ter caído na realidade em relação ao seu “deus” e pode lançar carreira solo daqui para frente

● Elizeu Pires

Celso parece ter ficado empolgado depois de sua festa de aniversário – Foto: Divulgação

A “babação” era tanta que causava náuseas em quem ouvia os excessivos elogios do presidente da Câmara de Vereadores de Duque de Caxias, Celso Luiz Pereira do Nascimento, o Celso do Alba (MDB), ao ex-prefeito Washington Reis, a quem louvava como a um “deus”.

Era meu “líder maior” para lá, “meu herói” e “senhor da minha vontade” para cá, com direito  até a declaração de fidelidade eterna. Mas como não há união que dure entre duas pessoas que querem sentar-se no mesmo “trono”, a de Celso e Reis pode ter chegado ao fim.

Pelo menos é o que já se ouve pelos corredores do Poder Legislativo e no ambiente familiar de Celso, que agora estaria prometendo desgrudar-se de Washington e disputar as eleições para prefeito em 2024, já que a tão sonhada declaração de apoio não passará mesmo de devaneio de um devoto de uma divindade de araque.

Na verdade, há anos que Celso vinha esperando a unção do seu “deus”, sua indicação para poder concorrer a prefeito. Sua fé era tão grande que apostava que sua vez tinha chegado e que 2024 seria seu ano. Só que não, pois o ex-prefeito está com uma mão sobre a cabeça do super secretário Rodrigo Rangel e outra na de um sobrinho muito conhecido nas redes sociais, não sobrando um dedo sequer para aplicar o “óleo ungido” na testa de Alba.

Celso ainda não teve coragem de dizer isto a Reis, mas tem falado aos mais próximos que daqui para frente será oposição, promessa muito difícil de se acreditar, levando em conta que o presidente da Câmara fez da Casa um puxadinho do gabinete do então prefeito e sempre fechou os ouvidos para os questionamentos dos atos praticados pelo governo, alguns deles alvos de denúncias à Justiça e de investigação por parte do Ministério Público.

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