Ex-prefeito está proibido de continuar dando ordens na Prefeitura
● Elizeu Pires
Desde a posse do prefeito Amarildo Henrique Alcântara, o Amarildo do Hospital (PR), que os comentários nos meios políticos de São Fidélis, dão conta de que a pequena cidade interior fluminense tem dois governantes, um direito (o eleito) e um de fato, o ex-prefeito Davi Loureiro (foto), que é quem estaria dando as ordens por lá. Acionado, o Ministério Público decidiu abrir inquérito para apurar se Loureiro estaria mesmo usurpando a função conferida pelo voto popular a Amarildo e, em consequência disto, na última quarta-feira (11), foi cumprido mandado de busca e apreensão na sede do governo. O ex-prefeito está impedido de exercer qualquer cargo, pois tem uma condenação por ato de improbidade administrativa transitada em julgada em 2014 (não cabe recurso), mas não vinha ignorando a proibição.
É voz corrente na cidade que Amarildo só fora eleito por causa do apoio do ex-prefeito, que passou a ser uma espécie de super secretário, respondendo pelas secretarias de Governo, Articulação Política e Serviços Públicos. David foi denunciado à Justiça um dia antes da operação do MP na Prefeitura e a promotoria está requerendo a condenação dele pelos crimes de “descumprimento de proibição de exercício de função por decisão judicial e exercício ilegal de atividade”, além da exoneração das funções para as quais ele fora nomeado em janeiro.
Segundo o Ministério Público, além de exercer função pública, Davi Loureiro vinha atuando como prefeito de fato, praticando atos privativos do chefe do Poder Executivo. “O denunciado vem frequentando, de forma clandestina, a Prefeitura de São Fidélis, situada a poucos metros do Fórum da Comarca. Essa conduta revela audácia, sentimento de impunidade, desprezo e desrespeito pela decisão proferida pelo Poder Judiciário local”, pontua o MP na denúncia.
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