● Elizeu Pires
Embora esteja há pouco mais de seis meses no mandato – tomou posse no dia 1º de fevereiro – o deputado federal Max Lemos (PDT) já vai precisar dar explicações sobre o uso da verba de gabinete que recebe para manutenção de seu mandato, um repasse mensal de R$ 118.376,13.
É que aparecem no sistema da Câmara pagamentos feitos à empresa JDL Sem Cortes pela prestação de serviços de “divulgação da atividade parlamentar” ao gabinete do deputado, o que não seria nada demais se a firma não estivesse registrada em nome de uma filha de um secretário de Max Lemos.
De acordo com dados do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), a empresa foi aberta em dezembro de 2020 e tem como sócia-administradora Caroline Peris Loredo, filha de Jefferson Loredo, que foi nomeado no gabinete de Max para exercer o cargo de secretário parlamentar, em 28 de fevereiro deste ano.
No sistema da Câmara aparecem cinco documentos com valores que teriam sido pagos a empresa nos meses de fevereiro, março, abril, maio e junho, conferindo um total de R$ 96 mil. No sistema também consta que Jefferson Loredo – que se apresenta nas redes sociais como “Ceo na empresa Sem Cortes” – foi exonerado pelo deputado no dia 4 de agosto, dois meses após o último registro de pagamento.
*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria