Presidente da Alerj é do PL, mas pode mandar em qualquer legenda onde os caciques baixarem a cabeça para ele

● Elizeu Pires

Não é apenas na metade do governo que o presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar manda não (a outra metade fica com os secretários Washington Reis, Transporte, e Luiz Antonio Teixeira Junior, o Dr. Luizinho, Saúde). Ele também dá as cartas, mesmo sendo do PL, no União Brasil, partido, que no papel, tem como cacique o deputado Marcio Canela.

Tanto é assim que a legenda vem sendo oferecida a pré-candidatos em vários municípios do interior do estado, e quem tem se encarregado disso é o chefe de gabinete Rafael Thompson de Farias que, assim como o patrão, faz pose de todo-poderoso.

Recentemente Rafael recebeu um pré-candidato a prefeito de Seropédica e um vereador de Araruama, que quer disputar a Prefeitura, mas não deseja fazer isso sem as bençãos do prefeito de fato, Francisco Carlos Fernandes Ribeiro, que mesmo não tendo nada a ver com o setor de ensino é conhecido na Região dos Lagos como Chiquinho da Educação.

Ao político de Araruama Thompson teria prometido costurar sua entrada no União, se esse tomar uma aliança com uma vereadora, a quem Canela já entregara a legenda. Isso sugere que até o chefe de gabinete do presidente da Alerj manda mais no partido que o deputado estadual mais votado no estado do Rio de Janeiro no pleito de 2022.

Em tempo: Bacellar se acha tão poderoso que tem dito que pretende eleger pelo menos 40 prefeitos em 2024, um número até modesto aos padrões bacelaraniano, considerando que o estado tem 92 prefeituras para ele escolher a vontade.