● Elizeu Pires

Citado como amigo de pessoas ligadas a uma OS sob investigação, o Instituto de Medicina e Projeto (IMP) – que foi contratado sem licitação pela Secretaria de Saúde de Nova Iguaçu, quem tem como titular um indicado seu -, o deputado federal Luiz Antônio Teixeira Junior, o Dr. Luizinho, está deixando, pelo menos no papel, o comando da Secretaria Estadual de Saúde num momento em que seu nome tem aparecido bastante no noticiário em narrativas nada agradáveis.

Sua portaria de exoneração a pedido foi assinada ontem (11) e ele diz que está voltando à Câmara para ser o líder da bancada de seu partido, o PP, um retorno que pode significar também um certo alívio, por conta de notícias veiculadas ultimamente, como, por exemplo, a que dá conta de que quatro empresas controladas por médicos da rede pública ligados ao grupo do parlamentar receberam mais de R$ 40 milhões da Fundação Saúde, que como diretor executivo o médico é João Ricardo da Silva Pilotto, que é ligado a Luizinho.

Esta semana, por exemplo, o Tribunal de Contas do Estado confirmou que está passando um pente fino no contrato firmado, sem licitação pela fundação com a empresa Bernasf Serviços de Apoio à Gestão de Saúde para prestação de serviços numa unidade de atendimento localizada em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio.

Piloto é quem assina os contratos por dispensa de licitação feitos com a Bernasf e outras empresas. A Bernasf foi representada no documento pela médica Sallem Lopes de Souza Ferraz, que em janeiro de 2022 foi nomeada pelo diretor executivo da Fundação Saúde como diretora da UPA de Realendo, também na Zona Oeste.

O primeiro contrato da Bernasf Serviços de Apoio à Gestão de Saúde foi firmado por seis meses de prestação de serviços, com valor global de R$ 3.417.378,00. A assinatura se deu em 13 de junho de 2022, cinco meses após de Sallem, que fez campanha para Dr. Luizinho, ter sido nomeada João Ricardo da Silva Pilotto.

*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria