Guerreiro volta à Mesquita e quer ser deputado estadual

E até já estaria contando com a “benção” de Picciani

Embora tenha sumido das ruas logo após sua derrota nas urnas em outubro de 2016, o ex-prefeito de Mesquita Rogelson Sanches Fontoura, o Gelsinho Guerreiro (foto), está dando as caras e até já criou um slogan. Com a frase “O guerreiro voltou”, ele se diz pré-candidato a deputado estadual e deverá fazer dobradinha com o deputado federal Leonardo Picciani, que, com a prisão do pai (Jorge), parece meio perdido na organização do agora MDB no Rio. Aliados têm dito que o ex-prefeito está empolgado e quem nem se lembra do fato de ter deixado o município mergulhado no lixo, com as unidades de saúde desabastecidas e os servidores com dois meses de salários atrasados e sem o décimo-terceiro. Ainda segundo aliados, ele dá como certa a aprovação de suas contas pela Câmara de Vereadores, apesar do parecer contrário emitido pelo Tribunal de Contas do Estado.

As contas da Prefeitura de Mesquita relativas ao exercício de 2016 – último ano da gestão de Gelsinho Guerreiro, foram reprovadas pelo TCE na sessão do dia 20 de dezembro e ao emitir o parecer contrário o conselheiro substituto Marcelo Verdini Maia, relator do processo, disse que o ex-prefeito sequer apresentou defesa. O Tribunal apontou oito irregularidades, entre elas a abertura de créditos adicionais acima do limite estabelecido no orçamento em R$ 7.637.123,37; realização de despesas de R$ 54.159.547,99 sem cobertura orçamentária; déficits financeiros no total de R$ 93.723.877,28 e aplicação abaixo do mínimo de 25% estabelecido pela legislação para o setor de ensino.

A corte de contas apontou o uso de 90,76% dos recursos recebidos do Fundeb em 2016, restando a empenhar 9,24%; saída de recursos da conta do fundo, no montante de R$ 4.075.775,81, sem a comprovação; aplicação de 12,87% das receitas com impostos e transferências em ações e serviços públicos de saúde, descumprindo o limite mínimo de 15%; e assunção de obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro do mandato, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício sem que haja suficiente disponibilidade de caixa.

Comentários:

Deixe um comentário para marcos Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *.