Em tom de campanha deputado fala de intimidação a seu grupo político
Quinto suplente do PTB – partido que fez apenas um vereador em Magé – e sem nenhuma chance de vir a ocupar uma cadeira na Câmara na legislação atual, Paulo Henrique Dourado Teixeira, o Paulinho P9 (morto a tiros na manhã desta), não tinha nenhum cargo público, mas seu assassinato está sendo tratado pelos “especialistas” das redes sociais como “crime político”, o que também está entre as linhas de investigação do delegado Evaristo Magalhães, da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense. Se crime político ou não a apuração da polícia deverá mostrar, mas o deputado Renato Cozzolino Harb já tem sua convicção: “Não tenha dúvida de que o crime aconteceu para intimidar o meu grupo político”.
Desde 1997 que o município de Magé vem convivendo com assassinatos de pessoas ligadas a política. As mortes começaram em agosto de 1997, quando o vereador Geraldo Ângelo Pereira foi morto na saída da sede do Grêmio Esportivo Estrela, em Vila Inhomirim, clube do qual era presidente. Depois dele, em 98, foi assassinado o vereador Walter Arruda. Ao todo foram mortos seis vereadores, uma vice-prefeita e dois suplentes, sem que ninguém tivesse sido punido até agora. Porém, o crime que mais chocou a população foi a tripla execução ocorrida no dia 16 de janeiro de 2002, quando o vereador Alexandre Alcântara, sua mãe (Edilia Rodrigues Pereira de Alcântara) e o motorista da família (Arnaldo de Souza Santos), foram metralhados na Estrada Rio-Magé. Cinco meses depois, no dia 2 de junho, a vice-prefeita Lídia Menezes foi morta a tiros. O corpo carbonizado foi encontrado nas proximidades da Estrada Magé-Manilha.
Quatro anos após a morte de Lídia foi assassinado o Carlos Alberto do Carmo Souto, o Chuveirinho. O crime aconteceu no dia 4 de agosto de 2006. Menos de um ano depois (em fevereiro de 2007) o vereador Dejair Correa foi executado no bairro Piedade e na noite de 2 de março de 2012 foi morto o suplente Antonio Carlos Silva Pereira, o Tonico Pescador, que estava em exercício de mandato pelo PMDB.
Em 2016, quando o processo de cassação do prefeito Nestor Vidal tramitava na Câmara Municipal, o vereador Geraldo Gerpe foi fuzilado no estacionamento da Casa. A execução aconteceu por volta das 22de 13 de janeiro e até hoje a Delegacia de Homicidios da Baixada Fluminense não esclareceu o crime.
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