Queimados: Prefeito joga aliado às feras e fortalece o inimigo

Com um aliado desse quem precisa de adversário?

● Elizeu Pires

A gestão de Elerson durou pouco mais de 10 meses – Foto: Reprodução

O vereador Elerson Leandro Alves (PSD), estava quietinho em seu mandato até cair no canto da sereia entoado pelo prefeito Glauco Kaizer (Solidariedade), que o convenceu a lançar-se à presidência Câmara Municipal. Missão aceita, Glauco tratou de garantir os votos necessários, o que foi muito fácil, já que o governo conta com o apoio cego e surdo de pelo menos 11 membros da Casa e muitos cargos para distribuir, mas a harmonia durou pouco.

Em novembro do ano passado, Elerson foi retirado do cargo e do mandato, num “verdadeiro confronto político, já com vistas às eleições municipais que se avizinham no próximo ano”, como interpretou a magistrada que julgou o recurso que devolveu o mandato de vereador a ele (não a cadeira de presidente).

O incrível é que isso aconteceu com o apoio de parte significativa do integrantes do bloco de sustentação de Kaizer que, se quisesse, entendem observadores atentos, poderia ter evitado tudo isso e mais um pouco, da mesma forma que consegue evitar que os “fiscais do povo” exerçam tal papel em relação à sua gestão.

Agora, creem os mesmos observadores, Glauco ficou no mato sem cachorro, pois, por concordar como o jogo ou por se omitir, trancou seu escolhido na jaula com os leões, e, por via de consequência, entregou o Poder Legislativo a seu maior adversário, o deputado Max Lemos, pré-candidato a prefeito pelo PDT, que ficou com o controle remoto nas mãos.

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