Disputa eleitoral em Nova Iguaçu: Ex-presidente que deixou a Câmara de Vereadores a ponto de ficar desabrigada quer ser prefeito

● Elizeu Pires

Na gestão de Ravis como presidente da Câmara a Casa teve dois mandados de despejo emitidos pela Justiça – Foto: Reprodução/CMNI

Eleito deputado estadual pelo Solidariedade em 2022, o ex-presidente da Câmara de Vereadores de Nova Iguaçu, Felipe Rangel Garcia, o Filipinho Ravis –  que havia sossegado o facho em relação às eleições municipais –, andou percorrendo os bairros da cidade para levar apoio moral às vítimas das chuvas, dando plenos sinais de que já estaria em campanha para prefeito. Em suas andanças conversou com desalojados e deu tapinhas em muitos ombros, mostrando-se até compadecido, um gesto talvez provocado pelas lembranças de feitos vergonhosos de sua passagem pela presidência do Poder Legislativo, desastre que quase deixou a Casa de Leis desabrigada.

Foi na gestão de Ravis como presidente que a Câmara Municipal sofreu dois decretos de despejo pela Justiça, decisões tomadas em ações movidas pela empresária Silvia Maria Soares Coelho, proprietária do prédio onde o Poder Legislativo iguaçuano está instalado, uma delas por conta de uma dívida que chegou R$ 12,6 milhões.

Filipinho presidiu a Câmara de janeiro de 2019 a 31 de dezembro de 2020, perdeu o cargo com a eleição de Eduardo Reina, o Dudu, para presidi-la. e saiu da cadeira deixando para trás uma marca que mancha qualquer currículo, a de péssimo gestor da coisa pública, pois nem o aluguel do prédio conseguiu pagar.

O primeiro mandado de despejo foi emitido de forma expressa em 2019 pela 17ª Câmara Cível, do Tribunal de Justiça, em processo iniciado da 3ª Vara Cível de Nova Iguaçu, no qual pedia a desocupação por conta do encerramento de um contrato vencido em 2014. Além dessa ação um novo processo foi ajuizado na 7ª Vara Civil, esse para cobrança dos aluguéis atrasados.

Quando se pensava que a situação estava tranquila, foi expedida mais uma ordem de despejo, problema que só foi resolvido no ano seguinte, com um acordo firmado entre Dudu Reina e a doma do imóvel em outubro de 2021. Na negociação a dívida de mais de R$ 12 milhões foi reduzida a R$ 7,5 milhões, soma que está sendo pago em 40 parcelas fixas, e o valor do aluguel que estava em R$ 78.500 baixou para R$ 39 mil.

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