● Elizeu Pires
Em março, durante entrevista ao JM Podcast, o presidente da Câmara de Vereadores de Rio das Ostras, Maurício Braga Mesquita, o BM, disse que o salário mais alto de um assessor na Casa girava em torno de R$ 9.500, mas basta uma simples passada de olhos na folha de pagamento referente àquele mês para se constatar uma realidade bem diferente, números que jogam por terra a informação de Maurício, que é pré-candidato a prefeito da cidade pelo PV.
O fato, admita o presidente da Câmara ou não, é que tem gente por lá ganhando muito mais do que ele revelou na entrevista. É o caso, por exemplo dos ocupantes do cargo de assessor técnico parlamentar, que aparecem na folha de março com salário base de R$ 9.023,68, mas com vencimento bruto de R$ 18.047,37, exatamente o dobro, valores que estão registrados também nas folhas de pagamento de abril e maio.
Na entrevista Maurício disse que cada gabinete de vereador custaria em média, fora o subsídio do parlamentar, R$ 25 mil por mês. Só que não. O custo, somando os salários brutos chegam a cerca de R$ 55 mil, pois cada gabinete conta com cinco assessores com salários de R$ 5.800,94, R$ 9.023,68, R$ 10.312,79, R$ 11.601,88 e R$ 18.047,36, respectivamente, em vencimentos brutos.
Ao todo, considerando todos os gabinetes de vereador, os parlamentares, fora o salário, custam mais de R$ 8,5 milhões por ano, exatamente R$ 712.226,45. ao mês.
*O espaço está aberto para manifestação da Câmara Municipal de Rio das Ostras