Carmo: Político que teria confessado receber propina e enterrado o dinheiro em sítio quer voltar a ser prefeito

● Elizeu Pires

Foto: Reprodução

Paulo Cesar Gonçalves Ladeira (foto), mais conhecido em Carmo como Cesar Ladeira, está pleiteando junto à Justiça Eleitoral o registro de sua candidatura a prefeito dessa pequena cidade do interior do estado do Rio de Janeiro. Ele, que governou o município entre fevereiro de 2015 e 21 de dezembro de 2020, começou aparecer no noticiário a partir de março de 2021, não por suas realizações como governante, mas por um escândalo gerado pela contratação supostamente superfaturada de uma uma empresa de coleta de lixo.

Ladeira foi preso em 29 de março de 2021, um dia após ter prestado depoimento na 112ª DP, na continuidade da Operação Chorume, deflagrada pela Polícia Civil em apoio ao Ministério Público no dia 25 daquele mês, quando foram presos o empresário Murilo Neves de Moura – um dos donos da empresa Forte Engenharia, que fazia a coleta de lixo no município –, o ex-secretário de Meio Ambiente Ronaldo Rocha Ribeiro e a vereadora Rita Estefânia Gozzi Farsura.

De acordo com o que foi divulgado na época, o ex-prefeito teria buscado o MPRJ no domingo (28), se propondo a colaborar com as investigações sobre um caso de corrupção envolvendo a empresa Forte Engenharia, que fazia a coleta do lixo na cidade, e durante depoimento prestado teria confessado o recebimento de propina e se disposto a apontar o local em seu sítio onde o dinheiro estaria enterrado. Lá foram encontrados cerca de R$130 mil, montante que seria fruto de propina que teria sido paga pela empresa.

Superfaturamento – Em janeiro de 2021 a Prefeitura de Carmo divulgou uma nota oficial informando que havia rescindido o contrato com a Forte Engenharia, empresa que, segundo a nota, apresentava um superfaturamento de R$ 2 milhões, e contratado uma por valor menor que chegaria a R$ 150 menos ao mês.

“A empresa Forte Engenharia que recolheu lixo e fez limpeza urbana na cidade de Carmo na Administração César Ladeira além de ser contratada com superfaturamento de quase R$ 2.000.000,00 ano, também os empregados não tiveram carteira de trabalho assinada (denúncias do Fiscal de Contrato da Administração anterior) o que está resultando em Ajuizamento de dezenas de Reclamações Trabalhistas. A empresa Forte Engenharia devido a greve de grande parte dos servidores lesados negligenciou na limpeza urbana”, diz um trecho da nota oficial.

*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria

Matéria relacionada:

MPRJ e Polícia Civil prendem ex-prefeito de Carmo, em desdobramento da Operação Chorume

Envie seu comentário:

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *.