● Elizeu Pires
Com pouco mais de 80 mil moradores, segundo dados do IBGE, Seropédica é um município pobre da Baixada Fluminense, mas, ao que parece, os membros da Câmara Municipal não têm essa visão.
Pelo menos é o que sugerem os registros de despesas com diárias pagas a eles e a assessores nos últimos quatros anos para participação em cursos de capitação e visitas a parlamentares em Brasília, encontros que não se sabe se proveitosos para a população ou não, já que os resultados dessas audiências na capital federal não são divulgados.
Ao todo, entre janeiro de 2021 e outubro de 2024 vereadores e assessores custaram ao contribuinte de Seropédica R$ 735.600,00 em diárias, mas não se sabe, por exemplo, o que as 33 de R$ 1.200 pagas ao vereador Hugo Pereira, o Huguinho – cassado pela Casa no início deste ano – deram de retorno ao município. Ele recebeu R$ 39.600 para despesas, e duas assessoras dele R$ 44.400, o equivalente a 35 diárias.
Campeões em gastos – Os gastos do gabinete de Huguinho com diárias somaram R$ 81.600. Depois desse vem o do vereador Marcos Lomeu (atual presidente da Câmara), que recebeu 30 diárias (R$ 36 mil), com seu gabinete custando R$ 54 mil em diárias, pois uma assessora dele recebeu 15 vezes R$ 1.200.
Já em terceiro lugar vem o gabinete da vereadora Luciana Alves com R$ 52.800 em diárias, sendo R$ 28.800 para ela e R$ 24 mil para duas assessoras.
Pelo que está na relação de pagamentos de diárias o vereador Bruno de Almeida Santos recebeu 24 (R$ 28.800), seguido da vereadora Rosimar Alves da Silva Moreira com 19 (R$ 22.800), e depois aparecem os vereadores Maximiliano Oliveira (R$10.800), Sizenando Paixão (R$ 8.400), Sidnei Coutinho (R$ 6 mil), Wattyla Felypeck (R$ 4.800) e Fernando Gomes Leite (R$ 1.200), o correspondente a nove, sete, cinco, quatro e uma diárias respectivamente, enquanto nenhuma diária aparece em nome do vereador José Celso da Costa.
*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria
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