● Elizeu Pires
Com pouco mais de 200 mil eleitores, Magé teria eleição em dois turnos em 2024 se um jovem político não tivesse vencido três adversários logo de cara, obtendo 88,74% dos votos nominais, ficando na posição de prefeito mais votado de toda a história de um dos municípios mais antigos do Brasil, um feito enorme para quem, quatro anos antes, fora eleito com ínfimos 27,13%.
A vitória de Renato Cozzolino Harb consolidou a força eleitoral de um sobrenome que venceu a primeira disputa pela Prefeitura em 1982, quando o avô do atual prefeito, Renato Cozzolino, foi eleito pelo PDS.
Depois do patriarca governaram Magé Renato Cozzolino Sobrinho, Charles, Núbia e Anderson Cozzolino, o Dinho, os três últimos filhos do primeiro membro da família a conquistar um mandato majoritário.
Os números das eleições do ano passado mandaram um recado muito claro aos adversários de ontem e aos futuros: o sobrenome é um motor com milhões de cavalos de força, uma locomotiva que estava um tanto quanto enferrujada, mas que foi reformada por uma nova geração que já demonstrou que não está para brincadeira, e que em 2026 vai ser quase impossível alguém obter votos em Magé se não tiver esse sobrenome o apoio dele.
Mais que isso, o resultados das urnas de Magé chamaram a atenção também nos gabinetes mais altos, com alguns analistas vendo o prefeito reeleito como um nome a ser considerado como companheiro de chapa de qualquer um que esteja pensando em concorrer ao governo do estado, ou, até mesmo, encabeçar uma lista proporcional como puxador de legenda, mas o que o próprio tem deixado claro é que pretende mesmo é concluir o mandato.
A votação conferida a Renato em 2024 supera em mais que o dobro a obtida pela tia dele 20 anos antes. Em 2004 – depois de exercer mandatos de deputada – Núbia Cozzolino foi eleita com 46.659 votos (41,94%), tendo sido reeleita em 2008 com a soma de 60.932 (51%).
Em 2011, em eleição suplementar, Nestor Vidal ficou com 68,62% e foi reeleito no ano seguinte com até então a votação mais expressiva obtida por um prefeito em Magé, 72,41%. Depois veio Rafael Tubarão, que chegou a 63,97% em 2016.
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