Os eleitores de Paraty, cidade histórica do estado do Rio de Janeiro, voltaram às urnas neste domingo (4) para eleger, em pleito suplementar, o novo do prefeito. O escolhido é Luciano de Oliveira Vidal (MDB), vice na chapa encabeçada por Carlos José Miranda, o Casé, que venceu as eleições de 2016 e foi cassada nas três instancias da Justiça Eleitoral, sob a acusação de uso da máquina administrativa. Casé que tinha sido eleito em 2012, foi condenado por usar um programa social da Prefeitura, o Paraty, Minha Casa é Aqui para se reeleger. O resultado deste domingo mostrou a mesma disputa acirrada de 2016: Vidal foi eleito com 44,29% dos votos e o segundo colocado, José Carlos Porto Neto, o Zezé (PTB) – o mesmo da eleição anulada – obteve 44,12%. No pleito de 2016 Casé somou 38,71% e Zezé 38.68%.
Montado na máquina administrativa – O prefeito reeleito em 2016 foi denunciado por distribuir títulos de propriedade de imóveis, cartão de alimentação e realização de obras em terreno particular. Carlos José Gama Miranda tinha derrotado o então prefeito José Carlos Porto Neto em 2012 e partiu para a reeleição montado na máquina administrativa. Venceu com apenas cinco votos de vantagem, mesmo tendo distribuído 210 títulos de propriedade há menos de um mês da eleição e beneficiado os servidores municipais com a redução da carga horária de trabalho, passando de 44 para 40 horas por semana.
A eleição suplementar em números – Luciano Vidal foi declarado eleito com 9.093 votos e José Carlos somou 9.059. Fuad José Minair Neto (DC) teve 802 votos, Ronaldo Santos (PT) 768, Anderson Maia dos Santos (PHS) 510 e Lucas José de Oliveira Aquino (PMB) 299.
De acordo com os números divulgados pelo Tribunal Regional Eleitoral, dos 29.150 eleitores aptos a votar neste domingo 21.368 compareceram às urnas, registrando a ausência de 7.782 votantes. O número de votos nulos é de 578 e 259 pessoas votaram em branco.
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(Foto: Reprodução/rede social)