Nomeação do sogro do governador pode gerar ação de improbidade administrativa contra o prefeito de Miracema

Clóvis Tostes disse que o nomeado trabalha em casa

O caso não está previsto em nenhuma lei municipal de Miracema, pequena cidade do interior do estado do Rio de Janeiro, mas se o nomeado em cargo de confiança tiver um padrinho forte não precisa se dar ao trabalho de comparecer ao setor no qual, pelo menos no papel, está lotado.

Pelo menos é o que sugere a explicação que o prefeito Clóvis Tostes, o Clovinho, deu a uma equipe de reportagem da Bandnews, que o questionou sobre a denúncia de que Jadir Pinto Brandão, sogro do governador Wilson Witzel, não é assíduo na Defesa Civil, setor para o qual fora nomeado como diretor pelo prefeito. Segundo Clovinho, Jair trabalharia em casa.

O caso revelado pela Bandnews gerou revolta no município do noroeste fluminense, principalmente entre os servidores. A informação passada ao elizeupires.com na noite de ontem (17) era de que uma representação estava sendo preparada para mover uma ação popular contra o prefeito. Porém, já na parte da manhã, a 1ª Promotoria de Tutela Coletiva do Ministério Público do Rio de Janeiro (núcleo Santo Antônio de Pádua), confirmou a abertura de um inquérito.

Alguns servidores querem que Clóvis seja processado por improbidade junto com Jair que, simples e direto, contou que teria sido orientado pela filha, a primeira-dama do estado Helena  Witzel, a pedir o emprego ao prefeito.

O sogro do governador foi nomeado no dia 31 de março na função de diretor de departamento, com salário de R$ 2.600,00.

Comentários:

Envie seu comentário:

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *.