● Elizeu Pires

Embora se encontre na mesma situação de inelegibilidade que o tirou da chapa de Cláudio Castro, o ex-prefeito de Duque de Caxias, o secretário estadual de Transportes Washington Reis (foto), disse que estará no jogo da sucessão em 2026, como candidato a governador. O anúncio, entretanto, não está sendo levado a sério nos ambientes de poder. Primeiro porque Reis precisa antes reverter uma condenação por crime ambiental, no STF, e depois por sua rejeição entre os prefeitos da Baixada Fluminense, região que soma hoje cerca de 2,9 milhões de eleitores.
Para gente que conhece bem o jeito de Reis fazer política, o que o político que sente dono do município de Duque de Caxias estaria fazendo é forçar uma situação para que seu partido, o MDB, indique o candidato a vice governador na chapa do União Brasil, que já tem o presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar, como pré-candidato.
Para chegar sentar com mais força à mesa de negociação, revela uma fonte ligada ao partido, o MDB estaria trabalhando para reforçar deus quadros, buscando atrair dois nomes importantes da Baixada Fluminense filiados ao PP, o prefeito de Magé, Renato Cozzolino Harb, que foi reeleito com quase 90% dos votos; e o ex-prefeito de Nova Iguaçu, Rogério Lisboa, que deixou o governo com um índice de mais de 70% de aprovação, e elegeu o sucessor, Dudu Reina, logo no primeiro turno.
Com a indicação já oficializada do vice-governador Thiago Pampolha a uma vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, o Claudio Castro deve deixar o governo logo no início de 2026, e Rodrigo Bacellar disputará a eleição no cargo, o que lhe conferirá, em caso de vitória, o status de governador reeleito.
*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria.
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