● Elizeu Pires

Mesmo formada com apenas 15 vereadores – uma redução de sete cadeiras em comparação à legislatura anterior –, a Câmara Municipal de São João de Meriti anda mais estridente que nunca, e a semana que hoje (15) se inicia poderá ser de muito barulho, com a perspectiva de se levar a cabo uma alteração no regimento interno que está sendo vendo vista como ameaça por três vereadores que tem discordando de como as coisas estão sendo tocadas por lá.
Em política costuma-se dizer que a maioria vota, decide. e à minoria cabe o direito de discordar e protestar, mas no caso específico de Meriti, a queixa é de mordaça e suposta ameaça de cassação, que para os discordantes estaria iminente, com a possível substituição do corregedor da Casa, função hoje a cargo do vereador oposicionista Ratinho Junior, que também é o primeiro-vice-presidente da Câmara.
Para a semana passada estava sendo esperada a votação de um projeto de resolução proposto pela mesa diretora, alterando artigos do regimento interno, relacionados a corregedoria e o código de ética, PR que passou a ser vista como uma iniciativa da mesa diretora para atingir os vereadores de oposição, mais precisamente Ratinho Junior, que comanda uma das comissões evolvidas.
O projeto foi retirado de pauta e deverá ser posto em votação esta semana, com alunss membros da Casa dando como certa a substituição de Ratino pelo segundo-vice-presidente, Oto Janes Filho, o Otinho, na corregedoria.
A mesa diretora nega que esteja preparando uma caça às bruxas, e que apenas estaria adequando o regimento em relação à comissão de ética, decoro e corregedoria. Mas os três vereadores que formam o bloco de oposição não acreditam nisso e se declaram dispostos à recorrerem à Justiça para garantir os mandatos e as posições atuais na Casa que, segundo entendem, é soberana e não pode sofrer pressão externa.