Até o final do expediente de ontem (9), o prefeito Mario Esteves ainda não havia exonerado o vereador Expedito Monteiro de Almeida, mais conhecido como Pastor Monteiro de Jesus, do cargo de secretário de Agricultura, para o qual fora nomeado em fevereiro deste ano. Monteiro – que foi prefeito interino entre 12 de abril e 31 de agosto de 2013 – é um dos 16 denunciados pelo Ministério Público Federal por desvio de recursos do Sistema Único de Saúde, um rombo de cerca de R$ 1 milhão que teria sido causado por um esquema que, conforme o próprio MPF informou, pode ter sido maior, o que poderá ser esclarecido mais adiante, uma vez que as investigações continuam. Também está na lista o médico Alexandre Baptista de Carvalho, que comandou a Secretaria de Saúde na curta gestão do pastor, que governou a cidade até a posse do prefeito Jorge Babo, eleito em pleito suplementar.
A denúncia foi revelada na semana passada, com o Ministério Público Federal apontando para uma associação criminosa que supostamente teria se instalado na Secretaria Municipal de Saúde durante o mandato tampão de Monteiro de Jesus, que, em nota oficial, alegou encontrado dificuldades “em encontrar profissionais capacitados dispostos a assumir cargos de grande responsabilidade por um período indefinido de tempo”, o que o levou “a recorrer a indicações partidárias e de membros de outras esferas de poder”. Ele disse ainda que “a Secretaria de Saúde ficou a cargo de equipe liderada por profissional médico com comprovada experiência e, até então, nenhuma conduta que desabonasse esses profissionais”.
Na nota ele alega que “a Secretaria Municipal de Saúde possui gestão plena, sendo o secretário o ordenador de despesas e o responsável por autorizar contratações e realizar pagamentos, cabendo ao prefeito apenas a sua indicação e fiscalização”.
De acordo com o ex-prefeito interino, assim que teve conhecimento de relatos de possíveis irregularidades na gestão da pasta ele tomou “as providências administrativas e judiciais pertinentes para apuração dos fatos, a responsabilização dos culpados e a preservação dos recursos públicos”.
“Desde o primeiro momento comuniquei de forma oficial todos os órgãos de controle, incluindo o Ministério Público Federal, o Ministério Público Estadual e o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Determinei, ainda, que a Procuradoria Geral do Município tomasse as providências necessárias à preservação dos recursos públicos e, ainda na minha gestão, foi ajuizada pelo município uma Ação Cautelar preparatória de Ação Civil Pública que culminou no bloqueio de bens e dinheiros suficientes para ressarcir todo o dano potencialmente sofrido pelo município”, acrescentou Monteiro de Jesus na nota, acrescentando que sempre colaborou e prestou “todos os esclarecimentos às autoridades que apuram o mal feito”.
De acordo com o ex-prefeito interino, assim que teve conhecimento de relatos de possíveis irregularidades na gestão da pasta ele tomou providências. “Desde o primeiro momento comuniquei de forma oficial todos os órgãos de controle, incluindo o Ministério Público Federal, o Ministério Público Estadual e o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Determinei, ainda, que a Procuradoria Geral do Município tomasse as providências necessárias à preservação dos recursos públicos e, ainda na minha gestão, foi ajuizada pelo município uma Ação Cautelar preparatória de Ação Civil Pública que culminou no bloqueio de bens e dinheiros suficientes para ressarcir todo o dano potencialmente sofrido pelo município”, acrescentou Monteiro de Jesus na nota.