● Elizeu Pires

Não é novidade para ninguém que acompanha as movimentações políticas na Baixada Fluminense, que o ex-prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis, às vezes parece achar que Magé é extensão de seu quintal, sobretudo porque Piabetá, distrito mais populoso, faz divisa com Caxias por Parada Angélica. Essa visão, entretanto, torna-se menos embaçada quando Reis tenta meter o bedelho na política local, como fez em 2020, lançando sua irmã Jane à Prefeitura mageense, o que acabou resultando em fiasco nas urnas.
Eleições estaduais se aproximando, Washington começa a se assanhar novamente para Magé. Mira o pleito de 2026 quando na verdade estaria pensando mesmo é nas eleições de 2028, quando a família Cozzolino, por força da legislação, terá de indicar alguém de sobrenome diferente para concorrer.
Até os pombos que fazem ponto de repouso sobre o Palácio Anchieta, no centro da cidade, sabem que Reis estaria pensando em outra Jane para funcionar como uma espécie de preposto em Magé, a Pereira, eleita vereadora em 2024 com 4.954, pelo MDB, partido que tem a vice-prefeita Jamile Cozzolino em seus quadros.
Dia desses Washington esteve em Magé para abonar a ficha do ex-vereador e ex-prefeito Charles Cozzolino, e anunciá-lo como pré-candidato a deputado estadual, mas como para quem sabe ler um pingo é letra, o que o “dono” de Caxias estaria fazendo é adoçar a boca para, em 2028, indicar algum dos seus à Prefeitura e dar o golpe de mestre.
Nesse caso seria bom que a sempre líder Núbia Cozzolino ficasse mais atenta, pois como dizem na Baixada Fluminense, a família Reis é ela, depois ela, outra vez ela e sempre ela.