Crise no PSL silencia lideranças em várias cidades e euforia começa dar lugar à preocupação

O compasso parece ser o de espera para ver o que vai dar

Em rota de colisão entre eles mesmos, o que deverá ficar ainda mais complicado com a declaração feita ontem (25) por Jair Bolsonaro de que ele pode vir a ser um presidente sem partido, líderes do partido na Baixada Fluminense parecem ter “entrado na muda”, esperando para ver o que acontece. Até aqueles que estavam acreditando que para ganhar uma eleição bastava vestir-se de amarelo, colocar o número da legenda no peito e posar para fotos fazendo cara feia ou arminha com as mãos, está subindo no telhado. Isto, ao que parece, acontece também em Itaguaí, onde membros da atual comissão provisória expõe com orgulho a ex-vereadora do Rio Rogéria Bolsonaro como madrinha, mas têm optado pelo silêncio em relação ao pleito de 2020, apesar de terem lançado em setembro – antes da guerra interna vir à tona – uma campanha para atrair novos filiados.

Diante de todo o ocorrido em âmbito nacional com o partido do presidente da República – que tem a segunda maior bancada no Congresso Nacional, e, consequentemente o segundo maior Fundo Partidário para dividir entre seus candidatos nas próximas eleições –,  os escândalos se multiplicam ao mesmo tempo em que os órgãos partidários pesselistas nos estados e municípios parecem não saber que posição adotar em relação a fatos tão graves.

Em São João de Meriti, por exemplo, o controle pelo diretório da legenda virou caso de polícia, com registro de ocorrência e tudo. No ano passado os pesselistas de Itaguaí  publicavam em redes sociais  fotos nas quais apareciam de camisas amarelas e rosto pintados nas passeatas pró-capitão, mas agora parecem recolhidos, esperando não se sabe o que.

Para quem observa a política em Itaguaí, o silêncio sugere falta de autonomia dos líderes locais, ou dependência total da figura de Jair Bolsonaro, em tempo de conflito interno no partido, CPI das Fake News e investigações do Ministério Público envolvendo as supostas candidaturas laranjas e ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz.

Envie seu comentário:

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *.